segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Balanço final e definitivo do BEDA

Ou: BEDA Awards.

Na maior sinceridade do mundo, eu não pensei que estaria escrevendo esse post. Não precisa de muito pra saber porquê, é só olhar as entradas que o blog teve nesse último ano que dá pra entender. Eu simplesmente não conseguia escrever, não sabia sobre o que escrever, e consequentemente não escrevia nada. Até perdões eu me obriguei a pedir porque bem, veja só, até culpada eu me sentia. 

Eis que nos dias finais de julho eu vi aquela agitaçãozinha pro BEDA (Blog Everyday in August) e num momento de cabeça fraca pensei: por que não? Eu quero blogar mais mesmo, tentar não custa nada, né? Mas olha: custa.

Custa porque algo que parece viável logo se torna difícil, e logo se torna obrigação (eu não sei brincar, gente, eu sou Rachel com pitadas generosas de Monica Geller), e logo é 1h20 da manhã de uma segunda e você, invés de dormir, tá pensando sobre o que escrever. E em como escrever. Porque às vezes você tem a ideia e o negócio simplesmente não flui, e a ideia em si só não serve pra nada se a gente não parar e conseguir colocar palavra atrás de palavra.  

Outra coisa sobre o BEDA que passa quase batido na neura de escrever durante 31 dias (!) é que muito dos teus blogs favoritos também vão escrever durante 31 dias. E eu gosto de mimar. Peguei um gosto enorme por mimar (mimar com textão, sabe?!?!!) quem eu sigo, e quando entrava na timeline e via que tinha 23 novos posts pra ler me dava um negócio: eu queria ler, eu queria mimar, e nem sempre eu consegui. Aí me sentia meio culpada, de novo. Não porque não escrevi, porque isso eu fiz, mas porque não consegui comentar qualquer coisa nos posts de quem eu acompanho. Então, migxs, acreditem quando digo que quando não comentei foi porque não consegui dar conta de tudo.

A pilha podre e maravilhosa que o BEDA me colocou me fez conhecer muita gente nova (lê-se: blog novo), e eu sinto que conheço muito melhor àquelas que eu já conhecia. Além disso, me fez implorar ideias pros meus amigos e me fez participar de um grupo muito querido que deu suporte e ideias pra aguentar esse mês maluco.

No BEDA também a gente aprende que qualquer coisa vira pauta, seja água, batata, rinite ou pessoas aleatórias. Que nós não seríamos nada sem memes (tags/listas), pois tem dias que simplesmente não dá e quando não dá, um meme talvez possa nos salvar. Que chega uma hora, nessa panela bedística, que até os vícios de linguagem a gente divide com os migos bedísticos, sabe? (alguém me diz que não fui só eu que percebi isso?!!?!?). Que a gente escreve coisas de jeitos estranhos, e nem sempre bem, mas a gente jura que tenta. Que a gente deixa um simples desafio internético tomar conta das nossas vidas (no meu caso a ponto de me deixar nervousar e bagunçando minha rotina) mas que se, o melhor de tudo, a gente tenta com afinco, com vontade, nem que seja em meio a tropeços e tombos, a gente consegue. E eu consegui. 

No meu discurso do BEDA Awards eu diria que isso não seria nada sem ter com quem dividir, porque nada disso teria graça sem ter os blogs maravilhosos que eu sigo e que participaram por perto.

O resto do (meu) BEDA Awards iria listar todos os concorrentes que não são concorrentes que também participaram dessa bagunça maravilhosa: a Ana Luíza, a Analu, a Anna e a Ana Flávia (cês viram como tem Ana nessa blogosfera???). A Mia, a Ale, a Yuu e a Fran. A Vanessa, a Couth, a Paloma, a Gab, a Amanda, a Raúla, e mais alguns dos bonitos do meu blogroll. 

E é claro que meu BEDA Awards iria distribuir algumas estatuetas porque sim, né? Eu amo o Oscar, amo o Golden Globes, e eu amo o Emmy, então é óbvio que eu preciso criar um award especialmente pra essa ocasião também (com categorias aleatórias e editáveis).

nós hoje, migxs

Poderia criar mais categorias pra listar qualquer um das dezenas de posts que li, mas até pra isso já estou exausta, então sintam-se premiados. 

Já aqui pelo blog foi mais ou menos assim: 

  • O primeiro post do BEDA foi um resumo da Maratona Literária de Inverno 2015;
  • Meu post com mais acesso foi esse, em que eu fiz uma listinha sincera sobre coisas que eu gostaria de ter ouvido na escola;
  • O post que eu mais precisei escrever e tirar do sistema foi esse, que enveredou pelo lado feminista;
  • Um post aleatório que eu achei nada a ver, mas vocês gostaram, e é o segundo com mais acesso do BEDA, foi um que eu escrevi em forma de e-mail pra responder um meme do GSB;
  • Das recomendações que eu fiz, as que vocês deveriam levar mais a sério são essa, da Halsey, e essa, sobre Mr. Robot;
  • Um post que foi feito sob encomenda foi um em que falei do meu amor por batatas;
  • E, pra finalizar, o post que mais me deu feels foi meu relato sobre o Evanescence, e o que talvez tenha sido o que eu mais curtir escrever foi sobre meu apego à água

No geral, geral mermo, todo mundo que conseguiu terminar essa tralha maluquice merece um champagne geladinho com comida boa pra comemorar. Esse BEDA meio que agitou minha vida e me deixou um pouco aérea no trabalho e dando 0 fucks pras coisas acadêmicas (nada grave, eu juro). 

Mas ainda assim termino com um gosto meio-amargo na boca porque fico com um pouco de medo do mês de setembro: eu vou voltar pro ritmo de ter um post por mês? Meus blogs favoritos vão postar pouco? COMO SERÁ? 

O frenesi não vai deixar muita saudade, mas foi ótimo ter começado isso e de fato conseguir completar (eu nunca completo memes  meu tumblr é lotado deles pra comprovar essa teoria). 

Se a gente vai se ver de novo em abril? Não sei. Só se eu criar muita coragem e me organizar melhor. Foi muito destruidor ter que programar post de um dia pro outro, entre aulas e em horas que eu deveria estar dormindo, ou passar metade dos finais de semana em cima disso. 

De qualquer forma, pretendo manter um ritmo um pouco melhor e não deixar de postar, mas agora eu preciso muito terminar Mad Men e estudar. E colocar minhas séries em dia. E assistir o Emmy, e ir pra praia com os amigos. E aguardar as séries saindo dos hiatus. E comprar ingresso pro Lolla. E resolver de vez a minha vida. Setembro pode ser um ótimo mês, e eu espero que seja. 

A gente se vê. 

BEDA (blog everyday in august) #31

domingo, 30 de agosto de 2015

50 livros de 1900 para ler antes de morrer

Mais um meme e desafio? Sim.

Na ideia original nos é proposto a leitura de uma série de livros em um período de um ano e fazer resenha bonitinha de cada um deles. Mas, na sinceridade, isso é óbvio que não vai acontecer. Então por esse motivo e pra chegar quase no final do BEDA com mais um meme queima-pauta, eu vou listar 50 livros que eu quero ler e com sorte vou lê-los em algum momento da minha vida. Pode ser? Pode ser. 

vibe mad men
  1. O Segundo Sexo - Simone Beauvoir
  2. O Sol É Para Todos - Harper Lee
  3. O Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger
  4. A Redoma de Vidro - Sylvia Plath
  5. Cem Anos de Solidão - Gabriel García Márquez
  6. O Amor nos Tempos do Cólera - Gabriel García Márquez
  7. As Veias Abertas da América Latina - Eduardo Galeano
  8. Os Pilares da Terra - Ken Follett
  9. Passáros Feridos - Colleen McCullough
  10. Dragão Vermelho - Thomas Harris
  11. Lolita - Vladimir Nabokov
  12. Um Estranho no Ninho - Ken Kesey
  13. Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley
  14. O Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien
  15. A Sangue Frio - Truman Capote
  16. Ensaio Sobre a Cegueira - José Saramago
  17. Entrevista com o Vampiro - Anne Rice
  18. O Fantasma da Ópera - Gaston Leroux
  19. A Metamorfose - Franz Kafka
  20. A Caixa de Pandora - Erwin Panofsky e Dora Panofsky
  21. O Chamado da Floresta - Jack London
  22. Walden - Henry Thoreau
  23. O Chefão - Mario Puzo
  24. Eu, Robô - Isaac Asimov
  25. Por Quem os Sinos Dobram - Ernest Hemingway
  26. O Velho e o Mar - Ernest Hemingway
  27. Perfume - Patrick Süskind
  28. Mulheres - Charles Bukowski
  29. Pulp - Charles Bukowski
  30. Misto Quente - Charles Bukowski
  31. Hollywood - Charles Bukowski
  32. Os Vagabundos Iluminados - Jack Keroauc
  33. Big Sur - Jack Keroauc
  34. O Nome da Rosa - Umberto Eco
  35. As Virgens Suicidas - Jeffrey Eugenides
  36. O Mensageiro - L. P. Hartley
  37. O Diário de Anne Frank - Anne Frank
  38. 2001: uma odisséia no espaço - Arthur C. Clarke
  39. A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera
  40. Mrs. Dalloway - Virginia Woolf
  41. Ao Farol - Virginia Woolf
  42. 1984 - George Orwell
  43. Em Busca do Tempo Perdido - Marcel Proust
  44. Ulisses - James Joyce
  45. O Lobo da Estepe - Hermann Hesse
  46. O Som e a Fúria - William Faulkner
  47. Trópico de Câncer - Henry Miller
  48. O Complexo de Portnoy - Philip Roth
  49. A Hora da Estrela - Clarice Lispector
  50. O Amor de Pedro por João - Tabajara Ruas
Perdão pelo post de hoje, mas voltem amanhã que eu vou fazer um resumo final do BEDA e ainda brincar de awards, hehe. 

BEDA (blog everyday in august) #30

sábado, 29 de agosto de 2015

A moça destruidora de cabelo azul

Ou: Welcome to the BADLANDS.

Assim, eu não entendo muito de música, nem de TV, nem de filme. Eu só entendo que curto ou não curto, por x e y motivos. Mas assim, quando eu curto uma coisa, eu curto mermo. Não paro de falar sobre, quero consumir tudo o que aquilo tem pra me proporcionar, e saio pregando a palavra pros migos até que eles enchem o saco e param de resistir ou me mandam catar coco

Então long story short: escutem Halsey. Agora. Abram o Spotify, o YouTube ou sei lá o lugar em que vocês escutam música e pesquisem Halsey. E escutem. Agora. De preferência o Spotify porque a moça lançou o primeiro álbum dela ontem e, gente, que destruidor.

you can sit on my face anytime you want
Aqui eu falei como eu conheci a mina, mas, repetindo, foi no Tumblr. Vi muito dos meus following rebloggando foto da moça, e eu lá, sem saber quem era, só achando muito bonita. Não levou muito pra eu descobrir que ela era uma cantora americana e num sábado qualquer eu decidi pesquisar as músicas. 

é real
Não lembro quando foi a última vez que fiquei tão viciada tão rápido em alguma banda/cantora/cantor novo, só sei que com Halsey foi um uphill maravilhoso. E ele ainda não parou.

Escutei as poucas músicas que ela já tinha lançado no repeat. Por semanas. Minha irmã acabou escutando junto por tabela, e curtindo. As músicas fazem parte de um EP lançado ano passado, o Room 93, e as antecipações de músicas que ela lançaria no álbum de estreia dela, o Badlands. 

A Halsey (um anagrama do nome original dela e uma rua de NYC) que na real é Ashley Nicolette Frangipane, tem 20 anos (!!!), tem dois irmãos mais novos, é biracial (pai afroamericano e mãe italiana-americana), e cresceu sempre meio metida com música. Ela ganhou mais visibilidade desde que começou a abrir os shows do Imagine Dragons e têm sido muito falada por terras estadunidenses.  Antes disso ela já era mais ou menos conhecida no YouTube e até uma música pro Harry Styles e pra Taylor Swift ela escreveu e cantou. Mas a gente não precisa falar disso porque essas são informações de fácil acesso, é jogar o nome dela no Google que elas aparecem com facilidade.

A gente só precisa falar sobre o BADLANDS (deluxe). Gente, o que falar sobre o Badlands? Talvez o meu segundo álbum favorito do ano, quase empatado com o Kintsugi. Um álbum assim, que não perdoa mesmo, sabe? Destrói tudo. E é TODO fechadinho. Tudo combina. A ~vibe~ que a Halsey construiu e colocou nele é muito boa, meio louca, meio confusa, meio badass e meio sexy também.

Que tal abrir ele no Spotify e vir comigo? Vamo?

actual fairy halsey
O álbum começa bem, com a música Castle toda trabalhada numa ideia mágica de they wanna make me their queen, ela abre a ~porteira~ pra experiência maravilhosa que é chegar na Badlands. Logo em seguida vem Hold Me Down, uma música que nem pede licença e já te dá um coice de badassery nas fuças. Eu não precisei de muito pra cantar ela inteirinha (ela é super cantável, gente), e chuto dizer que das músicas que vazaram antes do lançamento do álbum, essa seja a mais empolgante e consistente dentre elas. Lodo depois a Halsey não nos dá nem um tempinho pra tentar uma recuperação e já joga um survival of the richest / the city's ours until the fall / they're Monaco and Hampton's bound / but we don't feel like outsiders at all em New Americana e mostra que né, sabe e muito a que veio. A quarta música do álbum, Drive, é toda ambientadinha dentro do interior de um carro e cês não tem noção do quanto ficaram legais os ~barulhinhos~ dele na música, além disso a guria did it again quando canta que all we do is drive / all we do is think about the feelings that we hide / all we do is sit in the silence waiting for a sign, sick and full of pride / all we do is drive. Ambas músicas três e quatro foram lançadas antes do álbum vazar, mas com pouco tempo de antecedência.

Hurricane, outra música que vazou antes do CD e tá presente no EP do ano passado, é uma que de certeza todas as HBIC tem na playlist do celular, afinal, I'm a wanderess / I'm a one night stand / don't belong to no city / don't belong to no man / I'm the violence in the pouring rain / I'm a hurricane. Já Roman Holiday é a cota música fofa do CD, tem uma pegada meio ~vamos dar as mãos e correr na praia~ e agora tô a fim de correr na praia com essa música tocando ao fundo. Vai acontecer? Claro que não. Imagina a pieguices da cena. A #7 é a Ghost, que é o primeiro single do Badlands. O clipe oficial já tem mais de 4 milhões de visualizações e é puro amor. A música foi a primeira que eu escutei (a que deu ensejo ao print ali em cima) e, apesar de não ser minha favorita hoje em dia, ela é uma boa pedida pra conhecer o trabalho da moça. Agora Colors gente... O que falar de Colors? O QUE FALAR DE COLORS? Já na primeira escutada do álbum ela virou minha #fave. É extremamente viciante, e boa, e foda, e eu tô amando muito essa música. MUITO!!!!!!!!!!! Colors, Pt. 2 é uma pausa pra respirar, tomar um copo d'água, esvaziar a mente numas batidas meio chill. Na viagem que é esse álbum, essa seria a hora de parar no posto pra esticar as pernas. Depois vem Strange Love que parece uma resposta azeda pra gente que quer fazer a íntima (quem nunca passou por isso, né?), e é muito boa quando canta que they think I'm insane, they think my lover is strange / but I don't have to fucking tell them anything, anything / and I'm gonna write it all down, and I'm gonna sing it on stage / but I don't have to fucking tell you anything, anything. 


hair!!11!11111!! <3
A décima primeira música do álbum é a Coming Down, essa na viagem pelo Badlands é o momento em que a gente dá uma desacelerada no carro. Na primeira vez que ouvi ela me pareceu a mais destoante do estilo do CD, mas foi só na primeira vez também; na segunda eu já estava adorando e a achando muito necessária. Aí vem Haunting pra nos deixar com um refrãozinho muito do bem construído, cheio das batidas, na mente. O início é uma coisa meio psicodélica e, por óbvio, é d+. Gasoline tem o melhor começo de música do álbum, ele me lembrou um pouco a cultura asiática, e filmes feito Lost in Translation. Mas as comparações param aí, porque é a cantoria começar que a coisa explode. Mas é na música seguinte, Control, que na minha humildji opinião, a gente tem o vocal mais poderoso dela no álbum inteiro, ela faz isso cantando sobre ser bigger than my body / I'm colder than my home / I'm meaner than my demons / I'm bigger than these bones. 

É na finaleira do álbum que temos menina Halsey fazendo a Mc Mayara com sua pepeca de ouro quando diz que if you wanna go to heaven you should fuck me tonight em Young God, que tem a participação de alguma voz de fundo masculina. A penúltima música do deluxe dá uma sensação de closure ENORME pro álbum. Se na primeira canção ela cantou sobre ser transformada em uma rainha, aqui ela pergunta se a gente se sente feito um jovem deus (hehe), e ainda ainda conta com um jogo de remixes (ou sei lá o que) muito bom na partezinha que canta que we'll be running, running, running, again.

Pra fechar a versão deluxe do álbum com chave de ouro, a Halsey faz um cover da conhecidíssima música do Johnny Cash, I Walk the Line. Eu não usava a expressão earporn há anos mas é a que mais fielmente se encaixa na hora de classificar essa versão da música. Escutem ela, ela é ótima e muitcho sexy, gente!!!

THE CUTEST!!!!!!!! e pls me bja por favor poxa nunca te pedi nada
No geral, o álbum é bem denso e marcante. A voz da moça destruidora de cabelo azul é poderosa e conquista fácil. O estilo de música é uma mistura das coisas que dão certo de outras cantoras de indie pop, e ainda assim é super original.

Eu aposto todas as minhas fichas que a Halsey vai ser um estouro mundial e que não vai dar muito pra gente estar escutando ela tocando em rádios e festinhas daqui do Brasil.

Tô fazendo desde já reza brava pra que ela venha pro Lolla, e também fico ensaiando cantadas que daria nela caso um dia pudesse falar com a guria. Eu sou ridícula assim mesmo.

Nota: ★★★★★

BEDA (blog everyday in august) #29

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Being Pata

Esses dias dei RT num tweet que me identifiquei muito [esse aqui]. Um tempinho depois meu migo veio dizer que aquilo era "muito eu". Eu não tive nem como argumentar porque de verdade, aquilo é muito eu.

Não precisou muito pra eu listar na mente todas as vezes que fiz algo pata o suficiente pra corroborar a ideia que, de fato, aquele tweet era muito eu.

eu correndo atrás da vida e percebendo que não deu certo

A lista das patices da vida vai mais ou menos assim:

1) No auge do meu atletismo aos quinze anos (50 minutos de educação física por semana), eu fui pra um clube comemorar o aniversário do meu pai com churrasco e piscina. Eu me convenci de que eu seria altamente capaz de dar uma ~cambalhota~ usando a bola de apoio porque, bem, eu vi na tv, parece fácil, eu consigo. Consegui? Não. Sabe quando cortam uma árvore e ela cai reta no chão? Era eu caindo de costas na areia. Mal respirei, minha amiga entrou em combustão de tanto rir da minha cara. Eu superei.

2) Morei até os 4 anos (quase cinco) em outra cidade. Das vagas lembranças que tenho de lá, eu tenho uma muito vivida em que eu fiquei presa entre o assento e o escoro da cadeira. Eu entalei, literalmente, e lembro do meu pai sofrendo muito para me tirar de lá. É coisa de criança, mas sempre fiz ótimas escolhas...

3) Como a vez em que eu achei uma boa ideia andar de skate sem saber, e achei melhor ainda andar de skate deitada. Final da história: tomei três pontos no queixo.

4) Ou a vez que no mesmo clube de piscinas eu desci uma rampa que estava descascando de barriga pra baixo e isso mesmo, entrou um lascão de tinta embaixo da unha do meu dedão. Doeu. Pra caralho. 

5) Ou a vez que fui atravessar um rio por cima de um tronco velho e torci o pé e ferrei com os meus ligamentos. 4evah (a pata hoje em dia consegue torcer o pé com chinelo ou tênis). 

6) Aí também teve a vez em que eu estava dançando no chuveiro, dei um pulo e bati com o pé no box. Quebrei o box? Mas é claro. E vocês nunca vão falar isso pros meus pais.

7) Com meus dez anos eu queria usar saltinho. Minha mãe me deu uma bota com um saltinho. Se na primeira oportunidade que tive eu escorreguei na escada e lustrei o chão? Sim. É óbvio que sim. 

8) Das melhores do meu currículo patídico, teve a vez em que minha mãe pediu sorvete e eu bufando fui servir. Abri o freezer, os antigões, peguei o sorvete, servi. Fui guardar o sorvete e a porta não abria. Se acabei ficando com a porta na mão e indo com o rabo entre as pernas falar pro meu pai que "a porta do freezer caiu"? Sim. 

9) Também teve a vez que eu enchi o corpo o rabo de bebida e caí O tombo da minha vida descendo uma escada. E sem exagero, minha bunda leitosa ficou preta. Tenho amigas que podem confirmar.
 

Além das incontáveis vezes em que eu caí sozinha, de maduro. Me bati sozinha nas quinas do mundo. Me machuquei sem querer. Tenho uma marca no rosto porque ano passado eu consegui me arranhar tentando alcançar uma caneta. O arranhão foi tão besta que chegou a criar casquinha. Eu deveria saber melhor e ficar longe de coisas que quebram e trabalhos manuais. Num vira-vira de cerveja numa festa em casa eu consegui bater um copo no outro e fazer zona. No mesmo dia eu ainda a) quebrei 50% de uma tampa de vaso porque pendi pra um lado e caí pro outro (ALGUÉM EXPLICA?) e b) desafiei os ensinamentos da física e caí de uma cama enorme porque sim, né? Por que porque não? 


Eu tenho uma atração por idiotices que eu mesma me enfio. E pelo chão também.

Um dos maiores medos da minha vida é quebrar os dentes da frente. Meus dentes são grandes, e meus pesadelos enquanto acordada sempre envolvem eu caindo com os beiços no chão e quebrando os dentinhos. Tipo aquele vídeo antigo do cara que quebrou o dentinho. Um dos outros medos da minha vida é cair na universidade ou no ônibus. Então preciso concentrar muito pra equilibrar e colocar um pé na frente do outro. Eu sou bem consciente das chances que tenho de cair tombão. 

Assoviar e chupar cana é algo que jamais será uma opção pra mim.

BEDA (blog everyday in august) #28

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Ensaio sobre o amor canino

Dias desses minha mãe serviu aspargos na hora do almoço. Eu nunca comi aspargos. Ela disse que eu ia gostar porque era parecido com alguma outra comida que eu gostava e agora não lembro o nome. Eu não comi porque não estava a fim de aventurar meu paladar por tentativas gastronômicas, e realmente só queria meu arroz e feijão. Tanto da minha mãe quanto de muita gente eu já ouvi que "tu não vai saber se vai gostar ou não se não comer/assistir/ler". E acho essa ideia tão errada porque sei lá, eu não preciso comer cocô pra saber que não vou gostar, né?

Por esse motivo desde criança eu nunca entendi o apelo por animais, especialmente cachorros (e não gatos, porque já antes de ser uma dog person eu já era uma dog person). Achava bonitinho mas longe de mim. Eu tinha uma tartaruga mas tartarugas não são os bichos mais divertidos da face da terra, e eu ainda assim fiquei triste quando ela morreu (a Lili  perdoem o nome, eu era criança  ̶  certo dia se enfiou pra dentro da casquinha e nunca mas saiu). Aí que eu nunca quis ter um cachorro, porque veja só, eu moro em apartamento e nunca nem tinha tido um. Era uma preocupação a mais, ter que ficar cuidando, vai fazer sujeira por tudo, e melhor não. Assistia de longe minhas amigas pirarem nos bichos, querendo passar a mão em todos, e eu pensando que "ele vai me morder, e deve tá cheio de pulga", e, novamente, melhor não. Só que no caso em questão eu realmente só saberia se ia gostar ou não se tivesse um, ou melhor, uma.

a ratinha logo que chegou / modelando / fazendo a meiga que nunca será
Eis que um dia, nos meus quase recém feitos 18 anos, minha mãe no almoço pergunta se a gente queria uma cachorrinha. Da onde aquilo tinha saído até hoje eu não sei, mas meu pai e eu listamos os motivos do porquê aquilo não seria uma boa ideia, e tá louca mãe, da onde saiu isso? Mal nós sabíamos que ela já havia dito pra mulher que sim, ia pegar a cachorrinha, e até já tinha escolhido um nome pra coisinha junto com a minha irmã. 

A cachorrinha, tadinha, já tinha passado por umas boas: ela era a menor dentre os irmãos, e por ser menor não conseguia se alimentar direito porque os outros, maiores, não deixavam. Por esse motivo a dona da mãe da dog tinha de dar mamadeira pra ela por fora. Foi depois de muito tentar que conseguiram alguém pra quem dar a cachorrinha (minha mãe tinha dito não na primeira vez), mas as pessoas a devolveram sabe-se lá porque. Então mais uma vez ofereceram pra minha mãe, porque por favor, pega ela. E ela aceitou, sem falar pra mim nem pro meu pai. 

E gente, eu não acreditava em momentos mágicos até que, chegando com o meu pai em casa pra almoçar, minha mãe com a maior cara de pau nos manda abrir a porta da área porque ela tinha pegado um cachorro. Não acreditamos, achamos que era brincadeira, e abrimos a porta da área pra dar de cara com uma vira-latinha fura-saco, a Luninha (o nome é Luna), pequena feito um rato, enrolada num travesseiro e dormindo. Meu coração, que meus amigos diziam que era gelado (calúnia much?), derreteu na hora. Sério, aquilo era a coisa mais fofa que eu já tinha visto na vida e por certo, daquele momento em diante, como era de se esperar, foi só amor.

Agora vamos lá, porque eu preciso contar pra vocês sobre a dog. Uma coisa unânime sobre a Luna é que ela é louca. A cachorra tem literalmente 7 parafusos a menos. Ela pira do nada e começa a correr, se batendo por tudo, e fica uns bons 3 minutos fazendo maratona na casa até que esbaforida ela para com o linguão pra fora. Meus amigos quando vêm aqui em casa se assustam, porque, além de louca, ela acha que é atleta e pula de um lado pra outro de distancias estranhas demais pra um cachorro.

Além disso, a Luna é uma vendida. Chega qualquer pessoa pra fazer carinho nela e ela já se deita e pede mais, e ai de quem chegar perto. Se ela tá comigo e qualquer pessoa chega perto de mim, ela quer avançar a arreganha os dentes, mas caso tu queira dar carinho pra ela, tá tudo bem. Se no minuto seguinte eu colocar ela no teu colo e ficar perto de ti, ela vai querer me avançar e arreganhar os dentes pra mim. Vendida assim mesmo, sabe?

Outra coisa sobre a Luna é que ela é a personificação do cachorro puxa o dono: ela é preguiçosa e teimosa que nem eu; gritona e fiasquenta que nem minha irmã; ciumenta e manhosa que nem meu pai; com uma tendência pro drama mexicano que nem minha mãe; e pra coroar tudo isso, ela é mimada.

sendo o amor da minha vidinha
De manhã cedo ela pede colo pra minha mãe, feito um bebê, e ainda olha pra mim pra me contar que tá ganhando colo. De noite, às vezes, ela dorme achando que é gente, de ladinho e com a cabeça pra fora das cobertas. Entre as coisas preferidas dela estão pegar um solzinho na minha cama e espalhar ração pelos cantos da casa. Ela é uma morta de fome e se der pedra ensopada pra ela, ela come. Ela é do tipo que para do teu lado e te olha com uma cara de quem diz "como você pode comer e não me dar nem um pedacinho?". Ela adora cenoura. Ela já roubou bifes e pães do prato da minha mãe. Até chocolate, que eu sei que faz mal, ela roubou uma vez e comeu uma barrinha pequena inteirinha. Ela tem um problema com pés e já destruiu três chinelos meus. Ela gosta de desfiar panos, mas detesta quando eu coloco ela de barriga pra cima pra tentar tirar os fios que ficam grudados nos dentes. Acho que no fundo às vezes ela quer me matar porque minha demonstração de afeto envolve esmagar ela até os olhos esbugalharem, sem contar que sou eu quem dou banho nela, e ela não gosta. Mas odiar mesmo ela odeia é o secador, foge dele mais do que o diabo foge da cruz. Ela não gosta de roupinhas e fica paralisada quando usa uma. Quando alguém de casa abre o portão do prédio, quatro andares abaixo do apartamento, a Luna entre em frenesi e começa a latir, porque bem, ela sabe que a gente tá chegando. Uma vez perdemos a Luna em casa e fomos achar ela entre a minha cama e a cama reserva que tem embaixo. Ela se enfiou lá e não conseguia sair, e estava esmagada feito uma linguiça esperando socorro (ou não, porque tava quieta também).

Em casa nós temos nossas apostas sobre qual animal a Luna foi na outra vida, e elas variam entre coelho, canguru e morcego. Eu aposto em todas... Vai ver eu sou vendida também.

 melhor tipo de presente (VEJAM OS CRÉDITOS E COMPAREM pls)

Ter cachorro, e creio que qualquer outro bichinho em casa, é se acostumar a acordar com lambidas na cara ou latidos altos; se acostumar com pelo aparecendo até no teu umbigo depois do banho (as toalhas ficam na área, a Luna também... e sabe, né? história real), se acostumar a tirar pelo da boca depois de dar muitos beijinhos neles (nojo não existe), se acostumar a ter que salvar eles de lugares que nem com um físico a gente entenderia como eles foram se enfiar.

Nem tudo são flores e é claro que todos os motivos que eu e meu pai listamos no começo são motivos que de fato fazem sentido. Cachorro é atenção. Tem que comprar comida, levar pra passear, dar vacina, dar banho. De vez em quando eles aprontam e fazem xixi na tua cama, cocô pela casa, roem mesas (a Luna destruiu uma mesinha de centro) e arranham portas (tipos todas aqui de casa). Mas também são os bichos mais amáveis e companheiros que alguém poderia ter.

Em 2013 meu pai teve um problema de saúde sério e passou duas semanas no hospital, com direito a UTI e tudo. Quando ele voltou pra casa ela entrou numa pilha tão grande que a coitadinha fez até xixi de emoção. Desde lá ela é a maior companheira do meu pai e tá sempre cuidando dele. Bichinhos sentem. De verdade. Quando eu tô mal, ela vem me dar amor: deita do meu lado e fica lá comigo, até que tudo fica bem.

Fico desgraçada da cabeça quando vejo as pessoas desmerecendo amor animal com o argumento de que "as pessoas só querem saber de bicho, não mais de gente". Mas amor assim é o amor mais puro que tem. Eles pedem algo em troca, mas é tão pouco perto da quantidade de diversão, alegria e carinho que eles nos dão de volta.

Eu amo tanto a Luninha/Lunão/Ratazana/Pokémon/Baby/Meu Love/Amô da minha vida (as variáveis de nome que dei pra ela) que não consigo nem gosto de imaginar o dia em que ela me deixar. Ela é novinha ainda, e todas as vezes em que ela ficou doentinha (em especial uma vez que fomos pra praia e, acho que pelo ambiente pesado, ela ficou mega doente e até dormir comigo num calor de 35ºC ela dormiu porque simplesmente não dava pra deixar ela sozinha  ̶  óbvio que 70% da cama era dela) eu preferia que tivesse sido comigo e não com ela.

eu no futuro
A Luna abriu uma porta enorme na minha mente e coração e agora quando vejo cachorro eu chego a sorrir sozinha, fazer "awnnnn" audíveis sem me importar onde eu tô e, é claro, falar com eles feito uma retardada. As pessoas me mandam vídeos e fotos de cachorro hoje em dia, e eu, que não sou dos vídeos, quando vejo que tem cachorro envolvido tenho que assistir. A Luna abriu uma ideia de que talvez eu vire a Robin e more com 5 cachorros quando ficar mais velha. Não consigo mais imaginar uma vida sem um(a) dog-dog por perto. Minha ideia de felicidade consiste em deitar no chão pra receber lambidas e puladas no estômago de 20 filhotinhos de cachorro ao mesmo tempo.

Pra não me estender ainda mais nesse post meio bagunçado, agora que eu parei pra ler de fato, seguem umas fotos/links pra melhorar o dia de vocês, pois, sejamos sinceros, cachorros são feitos de amor, luz e purpurina:
Obs.: pra quem quiser ver foto minha e do meu amor, é só me seguir no Insta e no Snap (anaaack). Eu não posto muito, mas geralmente #tem.  

BEDA (blog everyday in august) #27

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

5 coisas que eu nem tchu

Ou: coisas que eu prefiro não. 

Peguei essa ideia da Vanessa que pegou a ideia do Felipe, e ontem metade das gurias do BEDA postou o meme e fiquei descobrindo pela Anna que o original veio de um blog que eu não conhecia, o GWS. A gente garimpa ideias de outros blogs porque cês sabem, o BEDA tá quase acabando mais ainda não acabou. E eu preciso de pautas. E todo mundo ama pautas de unpopular opinions.

Em Liberal Arts a personagem da linda da Elizabeth Olsen nos passa uma ideia muito boa do que deveríamos fazer com a nossa vida. Ela usa o argumento depois que o personagem do Ted Mosby, digo, do Josh Radnor, vai e volta do porquê ele odiar Twilight (I mean, sério?).

  
palavras para viver 

Eu tento viver sob essa ideia e tento não pensar muito sobre as coisas que não gosto, e até nem falo tanto, e até nem odeio muita coisa. Afinal, muito melhor falar sobre Breaking Bad toda semana do que falar que não curto ervilha. 

Mas às vezes é bom extravasar, colocar pra fora, tirar do sistema. Desnecessário é fazer isso diariamente e ter carteirinha de hater.

Não me odeiem, eu sou legal, eu juro. E se vocês gostam de qualquer uma dessas coisas, tudo bem, tenho até amigos que são curtem também, só não, sabe? Não comigo.


1. FRIO/DIAS CINZAS

Assim, nada tudo contra, mas por quê? Por que gostar de frio? Frio é ruim. No frio tudo dói. Dói o corpo, dói a mãozinha do mouse. É ruim levantar da cama, é ruim sair de casa, é ruim entrar no banho e é pior ainda sair dele. É ruim sentar a bunda no vaso. E no geral, é só ruim. É ter que andar amarrado de roupa, sem conseguir se mexer direito, com a boca rachando... Que morte horrível é o frio.

Sofro muito com extremidades geladas e no frio é 200% pior. Sinto dor até o osso e só quero morrer. "Ainnnnn porque nos frios as pessoas se vestem melhor" vai tomar no rabisteco? 'Brigada. "Ainnnnnn as pessoas ficam mais bonitas no frio" e você aí, ainda feio, néam? "Ainnnnnnnn mas no frio é só colocar mais roupa que chega" ainnnn no calor é só ficar no ar condicionado que chega.

Ninguém sorri no frio. Ninguém nem parece feliz no frio. Todo mundo quer ficar em casa dormindo no frio. Só existem duas coisas aceitáveis a se fazer no frio: comer e dormir, e essas coisas são coisas boas em todas as estações e épocas do ano. Além do mais, não dá pra levar a sério quem prefere andar com cinco quilos de roupa ao invés de vestidinho refrescando a bunda e chinelinho.

E o mesmo vale pra dias cinzas: amorzinho, não. Se tu acha que se sente na europa porque tá tudo cinza, cinza tá esse seu coração sem luz. Melhore. Supere. Tudo é muito mais lindo com sol. Quer me ver mal humorada é ter que levantar da cama e dar de cara com dia cinza, chuvoso e gelado. É a morte. 


2. THE BIG BANG THEORY
(créditos)
Ai, desculpa, mas não dá. Não posso com essa série estereotipada que se acha mega inteligente porque faz umas piadinhas toscas. A série é overrated e sabe?, só não. Comemorei que ela não foi indicada ao Emmy esse ano e acho engraçado o povo ainda chorar porque Modern Family bate/batia de frente com TBBT, mas sei lá, né? MF é melhor mesmo. Não gosto de desistir de série e sou mega aberta a segundas chances depois do meu histórico lindo e conturbado com Friends. Mas essa eu odeio. Não vem falar dessa coisa comigo porque não sou obrigada.

E sim, eu já tentei assistir. E não, melhor nem perder teu tempo tentando me convencer a voltar a assistir porque prefiro antes e até fazer uma análise de 3000 palavras sobre o programa do Raul Gil.
ohhhh burnnnnnnn
Obs.: Eu gosto da Kaley Cuoco e do Jim Parsons, e acho muito legal as coisas que a produção faz e o fato da série ter uma atriz cientista, mas melhor não. Prefiro não. A vida é curta demais pra perder tempo insistindo em coisa ruim.


3. BACON
o ciclo do bacon, como eu enxergo (as linhas amarelas são EW gordura!!!)
Assim, eu não odeio bacon. Na real nem sei se odeio alguma comida. É muita força mal direcionada odiar comida, né? Eu não curto ervilha, mas quem curte? Na real, eu usualmente não curto ervilha, mas tem um xis aqui da cidadje que usa ervilhas lindas e verdinhas e BOAS, e essas eu curto. Eu não curto ervilhas ruins, e 95% das ervilhas são ruins. Também não curto folha, mas eu como no burgui, ou em momentos mega aleatórios da vida em que tento ser saudável. De qualquer forma, a coisa com bacon vai mais ou menos assim: eu amo Baconzitos (Elma Chips me dê jabá), se como uma massinha com bacon eu gosto do gostinho que fica na massa, mas o bacon em si não vai. Não rola. Eu olho pro bacon, ele olha pra mim, e tudo o que eu penso é nele indo direto pras veias do meu coração e entupindo tudo. É irônico eu falar isso comendo McDonald's lá de vez em quando, mas é assim mesmo. Não gosto de carne com gordura, tiro tudo mesmo, e olho pro bacon e só enxergo gordura. Especialmente aqueles pedaços mais claros. Não dá, sério. 


4. CAFÉ 

Não odeio, mas cago pra café. Não entendo o apelo. Tipo, eu bebo café, mas só com leite. Quer dizer, eu bebo leite com café e no máximo dos máximos duas vezes por dia. Mas sei lá, não sei qual é o hype e não dá realmente pra acreditar que as pessoas curtem esse treco tanto assim. O cheiro é bom, balinha de café é bom, bolinho de café também (eu comi uma tortinha de café uma vez que a+ 10/10 would recommend), mas a bebida em si? Nah nope no thanks. Em especial café preto. Pra mim é meio inconcebível que as pessoas realmente bebem aquilo e gostem. "Aiiii mas como tu vive sem café?" Sei lá, vivendo? Não dando esses chiliques que ninguém compra porque "o café acabou!!!!!"? Acreditem, eu já tentei curtir, tentei usar como método pra ficar acordada, mas a real é que eu só sinto sono mesmo. Não muda nada. Prefiro minha água, e no geral acho que meu corpo e meus dentinhos agradecem.



5. LENÇOL ANTES DO EDREDOM/COBERTA/COBERTOR

Eu sei, essa categoria não tem NADA a ver, mas alguém poderia por favor me explicar qual é a moral de enfiar um lençol na cama pra colocar as cobertas em cima? Gente, eu devo ser muito ralé porque não entendo a moral. Nunca usei, e nem vejo propósito. Só atrapalha. É uma bostica a mais pra arrumar na cama. E tu tá usando um belo de um lençol PRA COLOCAR COBERTA EM CIMA. Não compreendo. "Pra não sujar as cobertas" que tal tomar um banho, hein, ô porquinhx? E talvez também conhecer o conceito de máquina de lavar roupa?! Que é um treco maravilhoso que lava as roupas e as deixa cheirosas, sabe? É legal, conheçam a máquina de lavar roupa, por favor.

Além disso, não dá pra virar burrito of sadness com UM LENÇOL ATRAPALHANDO. Usem os lençóis necessários nos colchões e guardem os outros pra usar quando tá calorzinho e tudo o que tu precisa é um lençolzinho pra se cobrir. Não enfie um lençol aleatório na cama porque ele não serve pra nada. E não faz sentido.


No mais, eras isso. Juro. Só isso. Quase só isso. Não desistam de mim. E se algum de vocês não curte alguma dessas coisas, vem aqui, vamos dar as mãos e conversar sobre as outras coisas maravilhosas do universo (porque ninguém merece perder tempo com essas tralheiras desgosto).

Obs.: gente, nossa, eu ando muito boca suja (eu sou muito boca suja). Perdoem os vacilos.

BEDA (blog everyday in august) #26

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Ode à batata

Esse post é dedicado pro grupo/estilo de vida que curte se jogar batata.

Sempre me falaram que eu deveria ser grata às pequenas coisas que a vida me oferece. Penso que isso até seja verdade, em partes, porque as coisas que gosto de fazer e que me deixam bem são geralmente muito simples. Eu não preciso de muito pra ficar feliz. Além disso, a vida "normal" parece muito melhor depois que colocamos em parâmetro com algo ruim pelo qual passamos, né? É feio, é péssimo, mas somos assim mesmo. 

Ainda assim, eu acredito em pequenas coisas. E eu acredito em grandes coisas também. Por exemplo, eu acredito no poder da batata. Feito religião ou um ideal: in batata we trust. 

Pesquisando descobri que batatas são tubérculos. Mas quem se importa com isso? Ninguém. A gente só se importa com batata. 

Eu amo muitas coisas, mas em especial amo batatas. 



Não existe batata ruim. Batata e amor são coisas que a gente tem que aceitar como são, e elas são aceitáveis em todas as formas

Batata frita, batata assada, batatinha chips. Salada de batata, maionese de batata, pão de batata, purê de batata. Batata, né, gente? Que coisa maravilhosa é batata. 

Na viagem do fim do ano eu comi fish and chips porque não dá pra ir pra Londres e não comer fish and chips. As batatinhas eram tão boas que um dos momentos marcantes da Winter Wonderland foi eu e minha amiga embuchadas de tanto enfiar batata na boca. Dias mais tarde, em Amsterdam, compramos um cone de batata frita que parecia não acabar nunca. Eu tava com tanta fome, mas tanta fome, e matei toda ela comendo batata. Só batata.

As melhores partes das minhas saídas pra baladinha no último mês definitivamente foram as partes em que eu pus minhas mãos num cone de batatinha que leva tempo demais pra ficar pronto, mas que quando chega é o nirvana na terra.

Na última vez que eu saí, um omi desgraçado enfiou a mãozona no meu cone de batata e ME ROUBOU!!!!!!!!!! ROUBOU MINHAS BATATAS!!!!!!! E AINDA ME CHAMOU DE OTÁRIA!!!!!!!! Diabo. Não desejo nada de ruim pra ele além de que o cu dele pegue fogo. Mexe comigo, me xinga, só não mexe cas minhas batatas. 

Quando eu tô malzona, tudo o que eu quero fazer é sentar, respirar, e comer uma batatinha frita com cervejinha. E aí tá mais uma coisa incrível sobre as batatas: elas combinam com muitas coisas, especialmente com cerveja. E se existe combinação melhor que batata e cerveja, eu vou precisar nascer de novo pra conhecer.

Diferente das milhares de coisas maravilhosas que as pessoas não curtem, batata é algo que é impossível não curtir. 

Acredito veemente que não existe algo tão ruim que a batata não consiga aliviar. E se ela não consegue é porque você não comeu o suficiente. 

Não me dê amor (mentira, me dê sim), me dê batata (que é basicamente a mesma coisa).

BEDA (blog everyday in august) #25

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Top 5 episódios de Breaking Bad

Esse post é patrocinado e originado pelo Grupo de Suporte Bloguístico pelo tema: top 5 ou 10 episódios favoritos do seu seriado do coração.


Deixa eu contar um negócio pra vocês: lancei um desafio pro meu coraçaum e mente de achar um seriado que eu curta igual ou mais que Breaking Bad. Assisti o pilot de The Wire (vou continuar), a primeira temporada de Twin Peaks, e estou assistindo Mad Men, porque todas são séries que eu ouço falar muito bem e que talvez teriam uma chance de desbancar BrBa. Por enquanto tá tudo na mesma. O porquê de eu querer fazer isso eu não sei. Talvez, e só talvez, seja porque eu prevejo um futuro onde em 2070 eu ainda estarei dizendo o quanto Breaking Bad é a melhor série do mundo e eu nunca vou superar ela (the struggle is real e maravilhoso), tipo aquelas pessoas amargas que nunca realmente superam um relacionamento que acabou. E eu não sou amarga, eu juro.

Mas honestamente, não confio em quem fala mal de Breaking Bad. Simplesmente não confio.

pesquisas importantes
Por esse motivo e pra queimar pauta do BEDA, vim contar pra vocês meus cinco episódios favoritos da série. 

Se você ainda não assistiu favor reveja seus conceitos: cuidado com os spoilers (update: meus amigos falaram que não tem spoilers).


5. PILOT - EPISÓDIO 1, TEMPORADA 1
all fun and games
O pilot de Breaking Bad só foi ficar ainda melhor quando eu terminei a série. Não faz sentido, mas é assim mesmo. No primeiro episódio o Walter diz pros alunos que química it's growth, then decay, then transformation e isso é basicamente o resumo da série. Os pontos pro tio Vince começaram cedo.


4. CRAWL SPACE - EPISÓDIO 11, TEMPORADA 4

Nesse post eu falei que uma das melhores cenas de Breaking Bad foi a do Waltinho no porão nesse episódio (por sinal, acho que é a minha cena favorita da vida). A primeira vez que eu assisti eu fiquei numa pilha tão louca que eu tive que pausar pra me recuperar. O negócio foi espetacular mermo.


3. FULL MEASURE - EPISÓDIO 13 (SEASON FINALE), TEMPORADA 3

Essa season finale foi tipo um divisor de águas enorme pro personagem do Jesse. Eu nunca quis tanto na vida abraçar um personagem de seriado como eu quis abraçar o Jesse nesse episódio (talvez com exceção da series finale). Episódio pesado.


2. FELINA - EPISÓDIO 16 (SERIES FINALE), TEMPORADA 5

Minha pilha com Breaking Bad foi tão grande que quando a segunda parte da quinta temporada foi ao ar eu nem conseguia esperar o episódio vazar e assisti tudo por stream mesmo. A series finale foi tão bem feita, foi tão bem fechadinha, de tão bom gosto e tão necessária que lá em 2013, junto com todas as outras pseudo-reviews, eu fiz uma especialmente pra ela. Não poderia ter sido finalizada de melhor maneira e eu jamais deixarei de achar o quão genial titio Vince foi em nomear o final da série com esse nome.


1. OZYMANDIAS - EPISÓDIO 14, TEMPORADA 5
Resumo: todo mundo chora e todo mundo se fode, inclusive você
Simplesmente o melhor episódio que já assisti na vida. Duvido que algum dia eu assistirei qualquer coisa que me coloque numa pilha tão louca feito o Ozymandias. Como disse antes, eu assistia por stream, mas meu pai esperava eu baixar o ep pra ele assistir no outro dia (meu pai assiste várias séries comigo, ou seja, melhor pai). Lembro que no dia meu pai entrou no quarto pedindo como tinha sido e eu não conseguia nem falar direito (fora que estava chorando). Ele tá em segundo lugar no ranking de melhores episódios no IMDb. Eu não lembro de ver o twitter e o tumblr entrando num colapso televisivo tão grande quanto no dia que o ep foi ao ar. Se vocês querem ler minha wannabe-review dele, tá aqui

accurate

Termino esse post e acho que nada vai superar Breaking Bad pra mim, no final das contas.

Cheguei a essa conclusão.

Não dá.

Eu tô quicando aqui só de lembrar desses episódios.

Ser fangirl é tão bom, gente. CORRÃO!!!!!!

E vocês? Já assistiram Breaking Bad? Qual o episódio favorito de vocês? Conversem comigo, não me deixem nesse BEDA sozinha.

BEDA (blog everyday in august) #24

domingo, 23 de agosto de 2015

Sobre a Cath

Esse post é patrocinado pela A Tentiada é Free: não sei fazer, mas vou tentar.
Esse post também é patrocinado e originado pelo Grupo de Suporte Bloguístico pelo tema: música em crônica. A música escolhida pela Maria para mim foi: Cath... do Death Cab for Cutie. 
E, por último, esse post é patrocinado pela banda da minha vida


Para ler ouvindo.

Oi, como você está?

Hoje eu quero te contar uma história.

Não, essa não vai ser a história sobre o dia em que eu passei horas no corredor do hospital e acabei ouvindo de bocas médicas que iria perder o amor da minha vida. Eu poderia te contar essa história, mas não vou. Vou te contar a história sobre a Cath, minha melhor amiga.

Cath e eu crescemos juntas e embora tivéssemos nossas desavenças, que ainda eventualmente acontecem, nós sempre estivemos lá uma para a outra. Ela esteve do meu lado quando eu perdi minha mãe, eu estive do lado dela quando ela perdeu o irmão. Anos mais tarde ela segurou minha mão quando o caixão de Ben fora enfiado numa daquelas gavetas horríveis. Eu aprendi a lidar com o som deles empurrando, literalmente, uma caixa com um corpo pra dentro de uma gaveta de cimento. Aprendi a lidar, mas nunca esqueci. Cath implora-me pra esquecer, eu não consigo. Ela diz que eu tenho que seguir com a minha vida, e isso tem sido difícil. 

Diferente de mim, que tenho o cabelo escuro e cacheado, Cath tem um cabelo loiro muito bonito e liso. Ela sempre manteve ele na altura da cintura mas recentemente cortou na altura dos ombros porque o marido (Cath casou! eu vou chegar lá) dela gosta assim. Ela tenta me convencer de que prefere assim também, porque agora ela cresceu e não tem mais tempo pra cuidar do cabelo, mas algo na voz dela não me faz acreditar nisso. 

Uma coisa que você precisa saber sobre a Catherine (para os não-íntimos) é que ela tem uma mania ridícula (eu constantemente falo isso para ela) de querer resolver tudo sozinha. Uma vez quando éramos crianças ela pisou num caco de vidro e acreditava fortemente que seria capaz de tirar o pedaço ensanguentado do pé sozinha. Ela não conseguiu, é claro, mas ela ainda defende a ideia de que conseguiria. 

Certo dia, dando o braço a torcer, ela me disse que não sabia se estava fazendo a escolha certa  ̶  ela não sabia se estava escolhendo o cara certo, se Andy era o cara certo.

E sinceramente, eu não acho que ela o fez. Digo, a escolha certa. Eu estive com Ben desde a época da escola, mas Cath sempre fora cheia de opções. Ninguém que conhece ela não se encanta. A minha amiga é realmente tudo isso. E Andy nunca me pareceu o cara pra ela. Ninguém manda no coração e todos raramente escutam conselhos, então guardei minhas opiniões para mim. 

Cath é formada em medicina veterinária e tem o melhor coração que alguém poderia ter, mas ela também é muito fechada. Passei a vida inteira ouvindo o quanto ela não queria se casar porque não acreditava em casamento, eu falei pra ela que ela era boba porque casamentos poderiam dar certo (o destino riu da minha cara e me fez viúva mesmo assim). 

No dia do casamento dela ela usou o meu vestido. É de segunda mão e já o era quando eu casei sete anos atrás. Eu fui madrinha, como era esperado, e lá do lado dela no altar eu vi que o sorriso de Cath não chegava no olhar, enquanto o de Andy, que sempre quis casar, parecia soltar-lhe pra fora das orelhas. Cath era ótima com animais e péssima com crianças, o sorriso do dia do casório me lembrou o sorriso que ela deu certa vez para a mãe de uma amiga da sua família enquanto segurava o novo bebê da matriarca. Era um sorriso de eu-não-faço-a-mínima-ideia-do-que-estou-fazendo misturado com eu-preferia-estar-fazendo-outra-coisa.

Entre os poucos convidados, haviam dois ou três amigos que sempre gostaram muito de Cath. Eu até arrisco dizer que eles chegaram a amar Cath durante o pouco tempo em que ela passou com eles. Amores de escola e amores de faculdade, todos com suas respectivas vidas. A vida segue, Cath diz.  

Hoje em dia eu e ela não nos vemos com tanta frequência, mas quando nos vemos parece que nada mudou. Essa semana ela enviou-me uma mensagem dizendo que estava sentindo-se muito mal porque não conseguia engravidar e sentia Andy ressentido e distante por esse motivo. Eu falei pra ela não se preocupar com essas coisas pois adoção sempre seria uma opção, e por óbvio não mencionei o fato de que ela nunca quisera crianças e que parecia que ela estava vivendo o sonho de outra pessoa, não o dela. Ninguém quer ouvir isso, eu acho. 

Sinto-me meio-amarga por Cath. Ela sempre fizera boas escolhas e sempre teve o controle de sua própria vida, respeito-a por isso e não a posso julgar. Em contrapeso, ela parece tão infeliz tentando fazer os outros felizes, ela parece esmagada pelo peso do mundo e ainda assim crê fortemente que assim que tem ser. A vida segue... uma hora melhora... eu tô bem!, diz a Cath. 

Estou escrevendo-lhe essa carta porque preciso saber se a vida adulta é sempre assim: um pensar e não falar? Um escolher e ter que lidar com essas escolhas paralisados de medo de que algo dê errado? Eu sei que fazemos concessões e que nem tudo é fácil, mas poderia ser mais doce? Fica mais doce? Mais leve? Até que ponto é ok conceder? Relacionamentos são fáceis e fluem bem ou precisamos nos esforçar pra que algo dê certo?

Por favor, não esqueça de escrever de volta. Eu amo muito a Cath e quero mostrar para ela a resposta. 

Com amor,

Sarah.

BEDA (blog everyday in august) #23

sábado, 22 de agosto de 2015

Carrinho desgovernado de montanha-russa

Ou: chorumão nosso de cada dia. 

Hoje foi o primeiro dia em que deixei em aberto no meu calendário do BEDA. 

Não porque faltou inspiração ou tempo pra escrever. 

Não faltou. 

Ao menos, não inspiração. O começo da minha semana foi minha mente pipocando de ideias pra passar pra página do blogger e tudo o que eu tive que fazer foi achar (forçar?) um tempo livre entre os meus dias cheios durante a semana. Mas se não faltou inspiração, faltou alguma coisa. Outra coisa. No meio da semana eu fiz um relato sobre a minha segunda, onde eu reclamei que não conseguia me concentrar. E não consigo, não tô conseguindo. Não sei se tem acontecido coisa de mais ou coisa de menos, só sei que eu não estou conseguindo me concentrar. 

No trabalho eu estou perdendo o foco e preciso me policiar muito pra não encarar meu copinho de água por minutos a fio. Na aula eu até forço uma concentração mas quando vejo estou a) encarando os cantinhos da parede desejando muito estar em casa ou b) pegando o celular na mão com a ideia de matar tempo no WhatsApp, sendo que o que acaba acontecendo é eu encarando os aplicativos e a tela deslize pra desbloquear. Quando estou em casa caio feito um tomate podre na cama ou na cadeira e preciso me forçar a levantar e reagir pra vida. Quando reajo, tá na hora de dormir. Se tento assistir alguma coisa, tenho que voltar o ep seguidamente porque perdi o papo importantíssimo que os caras bateram enquanto estava desfocada tentando achar uma posição pra deitar. 

Mas nada se compara a quando tento conversar com alguém. Quando vejo estou respondendo no automático e percebo que nem ouvi o que a pessoa disse quando tô dando como resposta um "bah, sério?/e aí?/que merda/que louco/que tenso". Eu quero ouvir o que a pessoa disse, eu quero produzir, eu quero prestar atenção na aula, eu só não consigo. E quando eu não consigo, eu paro de ligar. 

Não é por mal, eu geralmente não sou assim. Mas euassim. Cabeça fraca, sabe? Faz algumas semanas, já. E tô me sentindo mal com isso.

Quis ficar em casa quinta-feira (as in: matar aula de noite) porque dormi mal, acordei com dor em cada pedaço do corpo, com cólica, a cabeça pesada, e só desejando voltar pra cama. Quando falei que não queria ir pra aula, meu pai disse "ihhh, já tá relaxando". Será que eu tô? Ou tô só me dando um tempo? Ele não falou por mal, mas automaticamente fiquei na defensiva "eu que pago, eu que faço as provas, eu que sei. Não vou" e é claro que como tudo tá fazendo altos sentidos, fui chorar no banheiro. A vida é essa série de humilhações diárias, né?

Na sexta-feira eu acordei achando que o dia ia ser um pouco melhor, e não foi. Foi só paulada em cima de paulada. No fim da tarde eu tava com a cabeça girando, querendo deitar em posição fetal e chorar. Triste, desesperada, e até um pouco decepcionada também (a minha cabeça pinta umas telas horrendas só pra me deixar mais na bad ainda). Só não fiz isso porque já tinha combinado de sair, e é sempre um pouco melhor lidar com dia ruim com abraço e cerveja boa do que sem. 

Decidi ficar o final de semana em casa, fazendo nada e organizando minhas coisinhas. Fazendo minha programação de estudo e trabalhos, lendo e colocando minhas séries em dia. Quero ver se consigo me colocar de volta nos trilhos antes que dê algum acidente gravíssimo. Quero ver se ajeito minha vida porque não ajeitar não é uma opção. E eu já tô com dor de cabeça. Tenho um pepino #tenso pra resolver, que já tá me drenando emocionalmente, e que eu sei que só vou conseguir respirar em paz depois que tiver resolvido ele (de novo, não resolver não é uma opção).

Um acidente feito esse (também conhecido como O Melhor Vídeo do YouTube) (meu D, essa merda nunca fica velha)

Minha mãe quer me dar vitamina. Eu já tô tão desgraçada dazideia que tudo o que digo é pls mãe cadê as vitaminas???

Me desejem sorte e luz, porque, de verdade, tô precisando.

BEDA (blog everyday in august) #22
© AAAAAA
Maira Gall