segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Mãe, não é só uma fase

Esse post é patrocinado e originado pelo Grupo de Suporte Bloguístico, pelo tema nostalgia: contar uma fase obscura maravilhosa da nossa vida.

Ou: eu amo Evanescence.

Acho um trem muito errado e muito sem graça quando me aparecem dizendo que "maginaaa, eu nunca mudei! Eu sempre gostei das mesmas coisas!!!" Tipo, o que se faz com uma pessoa dessas? Dá estrelinha? Confete? Tipo, ok gostar das mesmas coisas, em certo nível. Mas o mundo é grande demais pra achar que a vida só é válida se gostarmos sempre das mesmas coisas, tivermos sempre o mesmo pensamento, achar que somos melhores porque nunca mudamos (eu particularmente acho isso desesperador, mas vida que segue). 

Afinal, qual é a graça de gostar das mesmas coisas e não ter tido um momento maravilhoso da vida reservado a dançar e cantar yo digo R, tu dices BD, RBD, RBD? E não, esse post não é sobre RBD, mas poderia ter sido, porque eu tive minha fase RBD. Sandy e Júnior. Uma fase da minha vida achou legal escutar Inimigos da HP. E tipo, e daí, né? Nada das minhas fases se igualaria À Minha Melhor Fase. 

A fase que me fez hoje em dia ser gótica suave. Porque suavizou, suavizou meu wannabe goticismo escutando nada de gótico.

Minha melhor fase, também conhecida como a fase que nunca superarei e pra sempre amarei: minha fase Evanescence.


Minha história com o Evanescence começa lá em 2003 quando eu chegava correndo da escola colocar na MTV pra poder assistir My Immortal ou Bring Me To Life ou Everybody's Fool (e como essa moça é bonita, né?, pensava eu). Naquela época eu não tinha CDs e eu juro que eu tive uma fita cassete que gravaram pra mim com My Immortal. 

Aí a vida seguiu. E chegou 2005. E eu pensei: por que não? Por que não, né? Agora eu tenho PC. Eu posso procurar músicas nas internetes. E aí a cagada estava feita. O uphill (porque como disse, melhor fase) foi grande. A banda ia lançar CD novo no ano seguinte, e eu escutei tanto, mas tanto, mas tanto todas as músicas que já haviam sido lançadas que quando o The Open Door finalmente vazou, em 2006, eu acredito que cheguei, de All Star até o joelho e muito lápis de olho, no meu nirvana.

O bagulho é real.
Eu fazia parte de um site, ali por 2007/2008 (ou seria antes?): o Amy Lee Brasil. Lá eu conheci gente que eu tenho contato virtual até hoje. Minha vida pelo fórum daquele site era muito badalada, sabe? E pra melhorar eu entupia meu já morto primeiro PC com fotos, milhares de fotos da banda e da vocalista. Eu acredito que passei de quatro mil fotos salvas. Minhas fotos de perfil do Orkut não eram a minha cara no auge da puberdade, eram sempre o rosto lindo de olho claro da moça que eu nunca esqueci que tem alergia a lagostas, ama Björk e casou com um psiquiatra. 

Plmdds, escutem essa versão. Escutem essa música. 

Eu baixava shows. Diversos shows. Baixava 7 versões diferentes da mesma música.

Acredito que sei cantar quase todas as músicas até hoje. E não, eu não tô falando de Call Me When You're Sober, Bring Me To Life, Lithium ou Going Under. Eu tô falando que eu sei cantar a versão de Thoughtless do Korn que o Evanescence fez cover no Rock AM Ring 2004. Ou Taking Over Me. Ou Understanding. Ou que tal Lies? Where Will You Go? Muitas opções!!!

Meu vício era tanto que eu, branquela azeda, sonhava em tacar tinta preta no cabelo porque eu queria o cabelo da Amy Lynn Lee-Hartzler. Meu vício era tanto que quando ela cortou os cabelos na altura do pescoço eu senti 17 formas de ultraje porque COMO PÔDE ELA??? 

Meu vício era tanto que minha mãe me perguntava porque eu tava sempre encarando foto dessa feia (!?!?!?!????????) quando ela entrava no quarto. Mãe, menas

O bagulho é muito real.
Eu ainda tenho coleções de posteres. Minha mesadinha-de-nada servia pra eu chegar nas bancas perguntando se eles tinham posteres do Evanescence!!!

Quando anunciaram o primeiro show deles no Brasil, pra 2007, eu chorei frustrada na frente das minhas amigas porque eu não poderia ver eles. Chorei muito. Mas tive que superar. E mal eu sabia que aquele seria só o primeiro de alguns pratos de frustração que eu teria que comer quente.

Alguns anos depois, em 2009, eu acho, eles anunciaram um show num festival em SP. Mais uns choros, umas frustrações. E depois foi vez de perder eles no RIR, em 2011, do qual eu já lidei um pouco melhor porque fala sério, eu não conseguiria ir pro RIR.

Então eles anunciaram shows no Brasil em 2012, uma turnê pro álbum self-titled novo (escutem Oceans ♥). E eu: aí sim!!! Agora é minha chance!!!!!!!! Eu não vou perder eles de novo!!! O show seria em Porto Alegre no Pepsi On Stage, que eu já conhecia. Minha cabeça apitava e gritava eu vou, eu vou, eu vou. Eu me associei no fã clube pra poder concorrer ao meet and great, e paguei 75 reais pra isso. Mas é claro que: eu não fui. Meu primeiro semestre no direito foi coroado com o professor que mais detesto na vida, e não só porque ele é ruim e péssimo, mas porque ele marcou prova. Pro. Dia. Do. Show. Fuck. MY. LIFE. Eu, com boca pra nada no meu primeiro semestre, jamais pediria pra fazer a prova outro dia. Então eu perdi eles, de novo. E eles entraram em hiatus. 

Esse ano eles marcaram uns shows novos e anunciaram que o Terry (que uma vez sofreu um derrame de tanto bater o cabelo) deixaria a banda, e uma nova guitarristA assumiria seu lugar. Eu tive meu momento porque, por mais que eu já não escute a banda com frequência, tem uma parte de mim que sempre vai dizer que essa foi A Minha Banda Favorita por anos. 

Se vai ter álbum novo? Não sei, sem previsão. 
Se eles anunciarem álbum novo eu vou perder minhas merdas? Vou, com toda certeza.
E se tiver show de novo, vou perder de novo? Nem fodendo. Eu devo isso a mim mesma. Há dez anos que eu devo um show deles a mim mesma.
Me aguardem!

BEDA (blog everyday in august) #17

12 comentários

  1. Ai, Ana, te entendo tanto, mas tanto! Só quem fica fissurada em um banda (ou qualquer coisa) sabe como é amar e padecer no paraíso, haha. Vida de fangirl não é fácil! </3

    Eu tive minha fase (que também não acho que tenha sido só uma fase, já que ouço a banda até hoje) de amar Evanescence só que, claro, você ganhou de mim no quesito fã desesperada, haha. Colecionava as revistas, fiquei aloka baixando as músicas e tudo o mais. Quando vieram se apresentar em Cwb em 2007, também pensei que seria minha vez, UHHUUUU, HELL YES, VOU DE QUALQUER JEITO, mas não deu certo, obviamente, porque a vida é assim.

    Estava no meu primeiro ano da faculdade, até a tampa de trabalho e coisas pra fazer, sofrendo horrores pra dar conta de tudo, e não rolou de ir ao show. Sério, uma das maiores tristezas da minha vida é essa: a banda veio pra minha cidade, contra todas as possibilidades, e não conseguir vê-los. Sempre morro um pouquinho cada vez que lembro disso.

    Mas, pra minha alegria, o filhinho da Amy nasceu no mesmo dia que eu, 28 de julho (aquelas, haha). Leonina como nós, Ana! HAHA~ ♥

    Beijo!

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  2. Eu nunca tive uma coisa tão grande pela banda em si, mas sim pela Amy Lee porque minha história pessoal até lembra um pouco à dela, e eu achava que só ela conseguia me compreender nesse mundo. Enfim, haha.

    Eu não perderia o show por nada, mesmo. A matéria dava pra fazer de novo depois, mas eu não deixaria de ir por causa de uma prova, sério. Esse ano teve show de uma das minhas bandas favoritas (se não for a favorita) bem no meio das minhas aulas, e eu já tinha comprado o ingresso muito antes, tava morrendo de medo das professoras marcarem algo pra essa data... Mas no fim elas só fecharam as notas e não teve aula naquele dia, grazadeus.

    Próximo show deles você vai SIM, não vacile consigo mesma mais uma vez por algo que dá pra fazer de novo tranquilamente. :)

    Beijinhos ;*

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  3. GENTE!!!1!! QUEM NUNCAAAA?

    Hahahah aquela fase de SÓ usar preto! Das unhas até o lápis de olho, sdds.
    Nunca pude ir a um show, minha mãe era suuuper contra ahah e até hoje tenho uma queda por aquele carinha do clipe de Call me when you are sober. Ah, doce adolescência!

    Beijo, Ana!

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  4. Isso é que é fã KKKK Eu tive uma fase Evanescence, em que eu estava muito dark side, pintei o cabelo de preto azulado e andava de preto para baixo e para cima ouvindo My Imortal no discman! Mas passou kkk Hoje eu ainda ouço algumas músicas, mas não acompanho como antes. Um beijo : *

    www.fleurdelune.com.br

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  5. Eu gosto de Evanescence, mas infelizmente nunca tive essa fase. Digo infelizmente porque, olha, tua banda ainda existe, a minha fase foi de Queen e é uma fase que dura até hoje e eu SOFRO porque Freddie Mercury morreu 3 anos antes de eu nascer e nunca poderei encontrá-lo num show e fazê-lo se apaixonar por mim (HAHAHAHA IMAGINA).

    Só te digo que: quando tiver show tu TENS DE IR e ponto final. Não apenas por ti, mas por mim e por todas as pessoas que queriam ir num show de suas bandas, mas não podem, porque a banda morreu - feel the drama -, hahahaha

    Beijo ;*

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  6. EU SABIA EU SABIA EU SABIA EU SABIA

    Mina, quando te vi ouvindo Evanescence igual doida ontem, imediatamente pensei "vem post por aí". E aí comecei a ouvir também pra já entrar na vibe e aff, que saudade. Minha fase Evanescence não foi muito longa nem tão intensa quanto foi a sua, mas eu entendo porque obviamente já vivi coisas parecidas. E Amy Lee. Gente, que mulher. Não sabia que ela tinha casado, cortado o cabelo e tido um filhinho! Meu Deus, o tempo passa. Mas ainda bem que a música segue aí.

    beijo!

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  7. Meu Deus do céu, que post maravilhoso, hahaha! Eu gostava muito do Evanescence, mas não podia assumir tanto este gosto porque eu era do clube que amava Britney Spears e Hilary Duff - SIM! HAHAHA! Olhe que pateta! Eu me orgulhava muito de ser do clube das minas que ~entendiam~~ de moda e maquiagem. Como se a gente não pudesse misturar vários gêneros, né? O que tem na cabeça desses jovens, eu não entendo.

    Menina, esse monte de revistas! Eu invejava muito o pessoal do Roque porque tinha vários e vários pôsteres legais para eles. E o pessoal fazia fichários e fichários com as letras das músicas, tiradas das revistas! Eu me lembro de como aguardava qual seria a próxima tradução da Smack <3

    Que post maravilhoso, Ana!

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  8. Eu queria comentar normal, mas aí pensei: como assim você não foi pra nenhum show ainda?~?!?!?!?1?!??!?!?! Menina!!! Eu acho que teria reprovado a cadeira, chorado cinco dias por ser irresponsável, feito a cadeira no semestre seguinte sentindo o coração pulsar de ódio, mas mesmo assim satisfeita por ter ido ao show, sabe? Hahahah. Não sei, nunca fui muito responsável nessa vida.

    Ah, era tão bom ser fangirl, né. Me identifico bastante, porque já fui fanática também nessa vida, e já enchi computadores que pifaram de tantas fotos do Orlando Bloom, hahaha.

    Estou aqui na torcida para você finalmente ver um show deles!
    Um beijo

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  9. gente, eu me identifiquei tanto com esse post! Eu tive uma época de loucura pela Avril Lavigne e era bem insano assim, comprando revistas, participava de fóruns blablabla. Passou, mas qdo teve show eu fui como uma homenagem à Leticia do passado hahaha (foi bem ruim o show pq eu não ligo mais pra Avril. Mas fiz questão de ir.)

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  10. Genteee que post incrível! Eu acho que nunca tive A Banda da Minha Vida (ou pelo menos, não até o momento... quem sabe) mas achei muito legal acompanhar essa sua paixão toda.
    Beijo

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  11. Que massa sua história com Evanescence. Cheguei perto disso com RHCP e hoje em dia minha banda favorita é Pink Floyd, mas em vez de colecionar coisas materiais (mano, os cds são muito caros, um box com vinil é 600 dilmas :c) coleciono arquivos baixados, textos, tcc que fiz sobre eles...
    Quem curtia mais Evanescence eram meus amigos, então o pouco que lembro da adolescência está relacionado à eles.
    Espero que consiga ir no show dessa vez, e que conte no blog como foi! :)
    Beijos!

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Maira Gall