quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Retrospectiva final e definitiva dos melhores e dos nem tão bons assim

O Grupo de Suporte Bloguístico promoveu um meme e blogagem coletiva pra gente poder resumir marromeno o que a gente achou ou deixou de achar desse ano.

Peço de antemão perdão pelo vacilo por falar sobre as coisas que não gosto (Liberal Arts me ensinou diferente), mas a gente faz pela brincadeira, né?


#1 SERIADO
Minha irmã queria acompanhar o novo trabalho da Jennifer Carpenter e eu queria dar uma chance pra série, então nos juntamos e começamos a assistir Limitless. Mas a série é ruim. O FBI é ruim. Os plots são ruins. O moço principal, Brian Finch, é interpretado pelo Jake McDorman, que fez um papel ok em Manhattan Love Story (porque o personagem dele era babaca), mas faz um personagem que poderia ser ok ser super babaca em Limitless. Sei lá, minha lata não fechou com a do personagem nem com o ritmo da série. Assisti até o episódio oito e larguei. 

#2 LIVRO
Poderia facilmente falar super mal de Cidades de Papel aqui, mas John Green consegue se superar e escrever coisa mais chata ainda, tipo, Quem é Você Alasca?. Pior livro que li no ano, chato, estereotipado, sem contar que os dois principais são dois porres insuportáveis, especialmente a Alasca. Fiz uma jura e John Green nunk mais.

#3 FILME
American Sniper. Boo-hoo sou traumatizado. Boo-hoo EUA melhor em tudo. Boo-hoo É UMA BONECA DE PLÁSTICO PELAMOR DE R'HLLOR.

#4 BANDA
Não é ruim, por sinal é bem boa e eu curtia muito, e talvez eventualmente volte a curtir, mas o bode que peguei de Foo Fighters foi bem grande esse ano. Não guento mais ouvir as músicas dos caras. Enjoei, sabe? 

#5 CD
?????????????????????????? 

#6 MÚSICA
How Deep is Your Love. Música chata dos infernos.

#7 BLOG
Eu só dou ibope pra blogs legais e maravilhosos, mas peguei preguicinha das Caprichos. 

#8 TEXTO EM BLOG
??????????????????????

#9 VÍDEO
Eu raramente assisto vídeos, vá lá vídeo chato. 

#10 JOGO
Finalmente consegui superar o vício do Kim Kardashian, whoo-hoo me!

#11 PERSONAGEM ~MENOS~ GAMANTE 
Finn Collins (The 100). O ódio e raiva que eu sinto dele só não consegue ultrapassar o de Dean Mala Sem Alça Rory Come Back Here Forester de Gilmore Girls. Ainda bem que pelo menos de um eu me livrei.



#1 SERIADO
Daredevil foi a série que mais gostei de assistir em 2015. A bundinha de Matt Murdock deveria ser uma religião a ser seguida, porque eita trem maravilhoso. Do lado de Daredevil, a melhor série que vi esse ano foi Mr. Robot, porque genial, bem produzida, bem escrita, plot twists e ótimas atuações. Cheatei e coloquei duas? Sim. Mas é muito amor e muito difícil ter que escolher entre elas.

#2 LIVRO
A Terceira Mulher, do Gilles Lipovetsky. Esse é um livro que a Anna me indicou e eu tentei ler ano passado e não consegui por uma série de motivos. Esse ano, mais livre e sem ter o que fazer, tentei de novo e a leitura fluiu muito. É um livro sobre feminismo escrito por um cara? É. Mas é ótimo, super didático, e que eu recomendo. Não faz muito que comecei a cair pro lado acadêmico do feminismo e achei ele uma boa pedida.

#3 FILME
Esse ano, pra minha tristeza, eu andei bem preguiçosa pra filmes. Não passei de 40. Mas, pra compensar, assisti bastante coisa que curti. Nenhum entrou com força pro meu coração, mas vários fizeram ele bater mais forte. Um deles foi Ex Machina, que tem uma pegada ficção cientifica com robôs. Numa mesma vibe, tem I Origins, que é triste e lindo ao mesmo tempo. E numa vibe meio revolucionária, teve Edukators, que é um filme alemão sobre jovenzinhos idealistas. Recomendo os três. 

#4 BANDA
Como esperado, bandinha do coração: Death Cab for Cutie. Os caras lançaram álbum novo esse ano e foi tudo o que nós, que curtimos a fossa de Ben Gibbard, podíamos esperar.

#5 CD
Pra não ser monotemática, mas ainda sendo, considerando o blog nos últimos tempos, o álbum do ano foi o BADLANDS da Halsey. Conheci a mina por acaso, antes do álbum sair, e passei um tempinho me alimentando das poucas músicas que a guria tinha. Super recomendo.


#6 MÚSICA
De acordo com o Last.fm, a música que eu mais ouvi no ano foi Black Sun do Death Cab for Cutie. Vocês deveriam ouvir Black Sun.



#7 BLOG
Eu poderia falar sobre qualquer uma dos blogs queridos e mozões que eu sigo e que vocês podem achar aqui na barra do lado. Mas eu preciso fazer um adendo pra comentar sobre o blog da Vanessa, o Milarga, porque foi um dos meus favoritos do ano. O jeito de escrever da moça é muito peculiar e engraçado e divertido, e não tem como ficar entediado no blog dela.

#8 TEXTO EM BLOG
Eu poderia linkar aqui os muitos dos posts que mimei durante o ano. Os posts epifanias. Os posts temáticos. Os memes. Aqueles meio didáticos. Mas, no fundo, o post que eu ainda me pego lembrando é O Caso da Estante, da Couth no Pudding. Porque gente... Fala sério... Leiam ele.

#9 VÍDEO (youtuber)
Eu definitivamente não sou dos vídeos. Das pessoas, eu sou aquela que diz "vou assistir depois" e 7 anos depois ainda não assistiu aquele vídeo que me enviaram no MSN porque "tu tem que ver isso, é muito legal!!!". Eu gostei muito do vídeo da Jout Jout sobre os escândalos. Mas prefiro esse vine, pois tosco e engraçado e if you loVE ME LET ME GOOOOOOO.



#10 JOGO
Life is Strange. Voltei pra essa vida de quem finge que sabe jogar esse ano graças ao boy, e por insistência minha e indicação de um amigo, começamos Life is Strange. Agora, no final do processo, com os cinco capítulos concluídos, tô eu na bad, entupindo meu tumblr de fanarts e gifs, e com 0% de chance de superar esse jogo.

#11 PERSONAGEM ~MAIS~ GAMANTE 
Também conhecido como personagem com a bunda mais gamante: Matt Murdock. Seguido, ferrenhamente, por Chloe Price, de Life is Strange. Dois mozões. Me amem.
eye candy me likey

Mas e vocês hein? Curtiram alguma dessas coisas? Odiaram as mesmas? Curtiram as odiadas? Odiaram as curtidas? Me contem que eu juro que eu leio tudo!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Já vai tarde, querido

Ou: Resumão 2015

Ano passado, já na pilha de minha primeira viagem, programei um post sobre o que tinha sido 2014. Em comparação com o trem errado que foi 2015, 2014 já não parece tão mediano ou ruim assim. 

2015, numa percepção geral, foi um murro na cara de muita gente. Foi pesado, foi difícil, mas no final da somatória, até que foi rápido. 

Na virada do ano, enquanto cantava Taylor Swift e corria por ruas de Londres gritando groselha vulgar, abraçando italianos e bebendo moscatel rosé barata, eu não pensei que o ano ia tirar tanta coisa fora do lugar de um lado, e ajeitar tanto de outro. 

Em janeiro, logo ao voltar da viagem, consolei uma melhor amiga que perdia uma pessoa importante; levei um bode da cor do meu quarto e taquei tinta na parede e pintei!!! parte dele; e, também, fui na minha primeira festa do ano e é claro que bebi muito, fiz merda, falei demais e agradeço por isso. 

Em fevereiro terminei de assistir Friends, maratonei os filmes do Oscar, fui em outra festa, assinei um contrato verbal com os meus amigos e dei uns beijos no meu melhor amigo just because. Porque eu quis. Porque sim. Porque, graças a Deus, fiz umas coisas certas em 2015 e isso foi uma delas. E olha só, percebi que não custa nada dar uma chance pras coisas, não custa nada nos permitir sentir um pouco. É uma maldição e uma benção, mas isso depende do nosso ponto de vista. 

Março foi o mês das tretas. Larguei e fui largada pro mundo, lavei as mãos de coisas que não podia controlar, não queria controlar, e não precisava também. A gente tem essa mania louca de achar que tem que manter todo mundo na nossa vida quando na real o mundo gira, e isso não quer dizer que o que se teve foi ruim, só que o mundo girou e as coisas que antes podiam ter uma sintonia, não têm mais. Coisas da vida, né? 

Durante esses meses, e alguns depois desses, sofri com a adolescência que nunca me deixou e que minou meu rosto de acne, tudo isso porque fiz a loucurada de largar aquela pílula-da-neurose na porra louca, e meu corpo, por reflexo, sofrer as consequências. Voltei pra ela, é claro. Já fui em médica, fiz exames, tirei todas as dúvidas, e prefiro assim do que com a auto-estima no pé, com vontade de morrer ou com filho

Ainda no terceiro mês do ano, assisti um acústico da Fresno num dos lugares onde mais curtia ir e que fechou as portinhas alguns meses depois, pra minha tristeza. Minha fase emo nunca realmente superada adorou gritar a letra de Onde Está com mais trezentas pessoas do lado. 

Em abril fui pra SC com os amigos. Fui pro Beto Carrero com alguma das minhas pessoas favoritas, apesar dos arranca rabos que eventualmente acontecem. Tomei aproximadamente 207 caldos naquela praia linda de Penha. Tomei umas cervejas também. Foi uma viagem bem cansativa, mas é incrível o quanto molhar a bunda na água salgada sempre faz bem e lava a alma.

Acho que mais do que descer pra Porto Alegre festar, maio foi marcante pelo prato de arroz, batata frita, salada e picanha acebolada que eu comi. Eu me apaixonei por aquele negócio de uma maneira que, bem, sete meses depois eu ainda tô falando sobre um prato de comida. 

Se alguma coisa relevante em junho aconteceu, não foi relevante o suficiente, porque das coisas que eu lembro de junho são coisa nenhuma. 

Julho é o mês do meu aniversário. Pela primeira vez na vida tive uma festa legal de aniversário (a primeira, de duas que eu ~fui~). Tinha tudo pra dar errado e ser uma completa porcaria. Mas foi legal, so there's that

De agosto até agora tudo passou voando, rápido demais, e marcado por um extremo cansaço. Passei um mês escrevendo todos os dias e me admirei. Fui pra praia com os meus amigos e passei bem. Fui pra capital assistir o show do Loser Manos e fangirlei. Maratonei Mad Men e adorei. Fiquei meio erradinha, mas ainda não melhorei. 

Em comparação, o primeiro semestre poderia ter sido melhor, mas tinha muita vibe errada dentro de mim. Foi um semestre de transição, de tentar organizar as coisas pra que elas dessem certo. Ao lado disso, só fiz disciplinas bostas embora tenha ido bem em todas. Em conjunto, essa foi a época em que mais fiquei sem dinheiro na vida. Foi por uma boa causa (a viagem planejada nas coxas) e que me ensinou que eu posso ficar sem comprar coisas desnecessárias, mas que também é um saco não poder gastar com lazer. As tags do primeiro semestre foram falta de dinheiro, brigas e baixa auto-estima.

O segundo semestre me colocou numa pilha louca pois o ambiente em casa pesou muito. Eu, sabendo lidar com as coisas do jeito que sei, absorvo tudo até que em uma hora aleatória tudo estoura nas minhas fuças. Minhas disciplinas não melhoraram mas eu ainda assim fui bem, apesar de ter relaxado um pouco com a vida acadêmica (eu não aguento mais pelo amor da deusa!!!!!!!). Comecei um álbum no celular com todas as cervejas diferentes e boas que eu ando experimentando. E solidifiquei a ideia de que é bom ter alguém pra fazer nada junto. Ah, nesse semestre eu peguei, de verdade, num controle de videogame depois de anos sem jogar nada. Sou péssima, mas o trem até que é legal, né? O segundo semestre tem as tags: cansaço, estresse, correria, corpo bugado, cerveja boa e boa companhia. 

***

Tirando de lado a vida pessoal, o ano no mundo foi dolorido. Entrar na internet têm sido um exercício de paciência e por vezes, desprazerosa. É tragédia, violência, gente falando bosta e treta pra todos os lados. Há muita gana em provocar ataques pessoais, desrespeitar crenças e debochar de gostos particulares. Pra mim, que sempre gostei de ganhar ou gastar horas com everything-internet, tenho apreciado mais os momentos em que fico longe dela. Jogando The Sims, maybe.

Sei que tem muita gente boa e linda nesse mundão internético e real, mas tem muita coisa errada também. E a maldição de nos permitir sentir, é que dá abertura a sentir tudo, até a ficar mal com coisa que acontece nas redes ou do outro lado do mundo. Infelizmente ainda não criaram um filtro pra filtrar o que vai nos deixar mal. E cagar regra dizendo que o coleguinha não tem direito de se sentir mal por x ou y tá longe de ser aceitável. 

***

Há semanas estou num countdown ferrenho esperando que esse ano acabe logo, que minhas férias cheguem logo. Planejo beber muitas cervejas boas e ficar horas de pernas pro ar fazendo um montão de nada. Planejo comer bem, descansar muito, dormir bastante. Ler, assistir série, amar um pouco e passear com a Luninha. 

Virar o calendário sempre me deu aquela sensação de recomeço, e mesmo que as coisas não mudem, a gente sempre dá um jeitinho de acreditar que aquele ano vai ser diferente. 

Eu sei que 2016 vai ser difícil pois vou começar a entrar na reta final do curso de graduação, mas eu tenho muita fé de que as coisas vão ser mais calmas, que o cansaço não vai ser tanto, que o estresse vai ser menor. Eu tenho muita fé nisso porque eu preciso disso. Eu preciso acreditar que vai ser melhor, tanto pra mim, quanto pra todo mundo. 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Uma garota pode sonhar

Ou: O Planejamento Utópico de Férias

Esse ano não tem avião, não tem Amsterdam, não tem Londres, não tem frio (espero eu). Volto eu então pro meu estilo costumeiro de férias, cheias daquilo que eu faço melhor: um montão de nada. Como terei quase um mês pra me dedicar a isso, e mais de dois sem ter aula, por óbvio criei diversas expectativas sobre como gastarei meu tempo nessas próximas semanas.

Vocês sabem como expectativa trabalha, né? Melhor não ter. Mas eu sou proud otária nesse quesito e pra que levar a vida devagar se eu posso me encher de deadlines e competições (comigo mesma)? Pois bem, eu quero... 

LER MAIS

Esse ano eu fui uma péssima leitora. Ano passado também. E talvez o ano antes desse também. E eu curto ler, mas eu gosto de ler quietinha, fazendo só isso, deitada. Foi pensando em me redimir comigo mesma por causa desse passado preguiçoso que eu montei uma TBR (to be read) de férias, incluindo alguns títulos em que peguei na biblioteca da universidade  ̶̶̶̶̶̶̶̶  que nos liberou até 25 livros com prazo de devolução em 29 de fevereiro de 2016, whoooo!

  • Terminar Garotos Corvos (Maggie Stiefvater), que comecei faz mais de mês (shame on me) e ainda não terminei. Pretendo comprar e ler os outros da série, mas no pressure.
  • Carry On (Rainbow Rowell), que eu sei que vou ganhar de Natal (e talvez eu tenha chorado pedindo esse presente).
  • Mulheres (Charles Bukowski).
  • Rumo ao Farol (Virginia Woolf), porque já tá mais do que na hora de eu ler algo dessa mulher.
  • Lola e o Garoto da Casa ao Lado (Stephanie Perkins), porque li Anna o ano passado e adorei, e jura que consegui ler outros dela ainda...
  • Feios (Scott Westerfeld).
  • Se tudo der certo, comprarei A Arte de Pedir da Amanda Palmer, porque li tão bem sobre esse livro que fiquei na pilha de ler ele. 
  • Autobiography do Morrissey, porque mozão, e porque tá mofando há meses lá em casa.
  • (update) Deuses Americanos (Neil Gaiman), porque vai virar série do Bryan Fuller. 
  • E talvez, só talvez, eu comece minha releitura em inglês d'As Crônicas de Gelo e Fogo

MARATONAR SÉRIES

Além de colocar a penca de séries atrasadas em dia, pretendo:
  • Concluir Gilmore Girls, que estacionei na quinta temporada e nunca mais saí. 
  • Assistir Doctor Who, que há anos parei na metade da segunda temporada. 
  • Assistir Parks & Recreation, porque já passou da hora de assistir ela (vi só a primeira temporada). 
E isso até parece pouco, mas no papel deve somar mais de 15 temporadas. Que R'hllor ilumine my poor soul!

SOBRE FILMES

Janeiro e fevereiro são os meses do ano em que mais assisto filmes, pois gosto de maratonar os filmes do Oscar e ficar comentando e xingando no dia da cerimônia. A vida é boa. Dos filmes que estão pra sair, pretendo assistir Carol e As Sufragistas o quanto antes. 


JOGAR

Por livre e espontânea pressão, vou jogar (ou fingir que jogo) os Uncharted com o boy. Também passarei horas e dias jogando The Sims, porque alguns vícios nunca mudam. E, além disso, quero terminar Life is Strange  ̶̶̶̶̶̶̶̶  e provavelmente chorar no processo. 


E é claro que: pretendo dormir muito, beber muita cerveja boa, e salgar a bunda no mar. 

Eu posso sonhar, né? E vocês? 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

3 coisas

Peguei o meme que nem sei se é um meme do blog divertido e maravilhoso da Vanessa (gente, na boa, acessem o blog dela). Lá vai:

3 coisas que mal posso esperar
- que esse ano acabe
- férias
- o lollapalooza do ano que vem 

3 coisas que me dão medo
- pedir algo pra alguém
- aranhas
- estupro

3 coisas que me dão preguiça
- homem falando (bosta) de feminismo
- secar o cabelo
- gente que acha que sabe de tudo

3 coisas de que eu gosto
- dormir
- beber cerveja
- assistir série de tv

3 cheiros que eu gosto
- pó de café
- sabonete/shampoo dove 
- óleo de corpo/perfume luna da natura

3 cheiros que eu não gosto
- cremes hidratantes/shampoo/perfume/etc de maracujá
- qualquer aromatizador de carro
- perfume muito doce

3 comidas GIMME MORE
- feijão cozido da mamain
- batata frita
- coxinha

3 comidas "prefiro a fome"
- salame
- comida ~asiática~
- bucho

3 redes sociais favoritas
- twitter
- tumblr
- instagram

3 redes sociais desgracentas
- facebook
- snapchato (não dá mais gente, sóri)
- whatsapp não é rede mas é um porre

3 bebidas preferidas
- cerveja boa 
- suco de laranja
- água 

3 bebidas que UGH
- vodka
- café preto
- qualquer suco em pó

3 coisas que eu quero fazer
- me formar
- ir pro Chile
- ir pra NYC

3 coisas que eu deveria fazer
- marcar dentista pras férias
- atualizar minhas séries
- ler mais

3 coisas que eu sei fazer
- decorar nome de ator/atriz
- dar gelo
- organizar as coisas

3 coisas que eu não sei fazer
- cozinhar
- desenhar
- cantar 

3 coisas que estão na minha cabeça
- comprar presente de amigo secreto
- melhorar 
- beber guinness

3 coisas que eu falo bastante
- aff
- vai tomar no cu
- otário

3 assuntos que eu falo bastante
- séries de tv
- faculdade
- doença

3 coisas que eu quero
- dinheiro
- calma
- saúde

3 coisas que me acalmam
- mar
- escutar bon iver
- ficar sozinha

3 coisas que me estressam
- ônibus lotado
- gente que fala gritando
- trabalho em grupo 

3 coisas que vou fazer essa semana
- ir pra um bar com azamiga
- jogar life is strange
- comprar papel de presente

3 coisas que eu fiz na semana passada 
- comi fondue
- exame de sangue 
- conheci uma cervejaria

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Top 5: Álbuns de 2015

Chegou o final de ano e com ele aquela época boa de fazer year in review e dar umas choradas sobre como o ano foi ruim ou maravilhoso (nesse caso, ruim, né? Vamos combinar). Pra não cair no buraco de lamentações tão cedo, afinal ainda temos mais algumas semanas de 2015 pra sobreviver, que tal falar do que já tá certinho e aquecido no coração? Eu topo, e por esse motivo em uma série de posts despretensiosos (cof cof assim como o blog inteiro cof cof) pretendo contar um pouco do que achei ou deixei de achar de 2015. 

Meus álbuns favoritos do ano foram:

5. Beneath the Skin - Of Monsters and Men

Precisei me esforçar muito pra escolher entre o Beneath de Skin do Of Monsters e o Wilder Mind do Mumford. De ambos os álbuns eu esperei mais, e mais de algo parecido com aquilo que a gente já conhecia, que era ótimo e possuía um quê a mais completamente diferente. Ambas as bandas mudaram um pouco (ou muito) o estilo de suas músicas, e por mais que eu ainda prefira o estilo antigo, os dois álbuns eu ouvi muito e curti bastante. No entanto, o Beneath the Skin tem uma pequena vantagem, e por isso ocupa o quinto lugar. É um álbum mais calmo que o anterior, mas que mantém a mesma pegada de fantasia que combina muito com o Of Monsters and Men. 
♥♫ We Sink, Wolves Without Teeth, Empire


4. In Colour - Jamie XX

Por alguns meses o In Colour foi meu companheiro de busão, o álbum vibe chill do Jamie XX foi uma das boas surpresas do ano. O cara, pra quem não sabe, é uma das cabeças do The XX, o que por si só já justifica 80% o estilo do álbum. In Colour é álbum levinho, bom de ouvir numa tacada só, de preferência numa rede pegando vento ou numa road trip com janelas abertas (não fiz nenhuma das duas coisas, mas totalmente faria). Recomendo.  
♥♫ I Know There's Gonna Be (Good Times), Gosh, Stranger In A Room


3. How Big How Blue How Beautiful - Florence + The Machine

Eu AMO a Florencia. Ela e a Máquina são um amor antigo, em que tudo o que eu tinha pra consumir deles era um álbum prestes a ser lançado, com o nome de Lungs. Desde lá o amor é forte e fiel, e se tem uma coisa em que eu acredito piamente é que jamais serei decepcionada por Florence + The Machine. Quando anunciaram que teria show deles no Lolla do ano que vem eu entrei em colapso e é claro que dessa vez não vou perder de assistir essa força da natureza ao vivo (que nem eu perdi na vez que teve em Floripa). HBHBHB é maravilhoso, poderoso, um pouco sofrido e lindo. Penso que Various Storms & Saints é uma das músicas mais bonitas qual a Florence já deu vida. Vale a pena.
♥♫ Hiding, Which Witch, Queen of Peace


2. Kintsugi - Death Cab for Cutie

A bandinha favorita da vida lançou álbum novo esse ano e foi tudo o que eu poderia ter esperado. Voltando pra sua famigerada fossa, Ben Gibbard e seus companheiros fizeram de novo quando, lá em março, nos entregaram um álbum fechadinho e do jeitinho que a gente gosta (sofrível e adorável). Por óbvio eu fangirlei e dediquei um post inteirinho, cheio de gifs e surtos, só pra falar do terapêutico Kintsugi. 
♥♫ Ingenue, Good Help (Is So Hard to Find), Black Sun


1. BADLANDS - Halsey


fui e voltei sobre a moça e seu respectivo álbum, ainda naquele mês maluco em que a gente topou escrever o mês inteiro (COMO PUDEMOS?, eu me pergunto), e foi disparado o álbum que mais ouvi esse ano. Mal posso esperar pra ver menina Halsey ano que vem (e berrar cantando todas as músicas do BADLANDS). 
♥♫ Gasoline,  Roman Holiday, Colors

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A trope dos personagens que juram que são bons

Eu assisto séries, e isto foi estabelecido lá atrás, ainda no primeiro post do blog. Eu assisto séries e pro padrão de muita gente, eu assisto série demais. Pra um padrão menor de pessoas, eu assisto poucas e sou um peixinho em desenvolvimento. Mas a questão é: eu assisto séries. E eventualmente assisto filmes e leio livros. E se tem uma coisa que nunca falha em me fazer revirar os olhos, é A Trope. A Trope dos personagens (homens) que juram que são boas pessoas.

O Urban Dictionary define:


Trope on the interwebs really refers to an often overused plot device. It can also be described as another variation on the same theme. TV shows, movies, comics, games, anime', & books are full of tropes & many rabid fan-sites now name & track said tropes with a self-explanatory title for each one. Not all tropes are bad, until Hollywood gets stuck on one.

No meu currículo seriador e cinéfilo tem um pouco de tudo e é constante que me deparo com os seguidores fictícios desse modo de vida. Talvez por preguiça ou desleixo dos escritores, ou ainda por acreditarem que os telespectadores vão deixar esse estereótipo passar batido (só que não, porque nem sempre), a facilidade em cair num clichê wannabe-good é enorme.

Nos livros, sinto que a pegada é mais forte. Eu encontro essa problemática em diversos tipos de gêneros e estilos literários, em especial no meu gênero favorito (young adult), o que por uma série de fatores pode ser preocupante, mas é assunto pra outra hora.

No geral, os bonitinhos desse grupo possuem uma ou a maioria das seguintes características:

1) A ILUSÃO DE QUE SÃO HERÓIS
Finn Collins (The 100) e Francis (Reign) 
Eles juram de pé junto que são heróis. Eles querem muito provar que são heróis. Eles querem salvar a dama em apuros enquanto ganham aquela focada da câmera que diz pro telespectador que: "ele é um herói, ela vai amar ele".

Além de reforçar um padrão ultrapassado de que toda mulher quer um herói, eles realmente acreditam que são dignos de mais atenção porque ajudaram alguém que desmaiou ou estava prestes a ser estraçalhada por selvagens radioativos. Eles querem ser heróis porque ser uma pessoa decente é muito pouco  ̶̶̶̶̶̶̶̶  e de tão pouco, nem isso eles conseguem.


2) SÍNDROME DE ÚLTIMA BOLACHA DO PACOTE
Ted Mosby (How I Met Your Mother) e Tom Hansen (500 Days of Summer)
Como assim ela não me quer? Eu, que salvei ela? Eu, que sou estudado? Eu, que sou trabalhador? Eu, que dei tudo pra ela? Eu, que amo ela? Eles pensam que por fazerem coisas normais, que por sentirem seja lá o que eles sentem, o outro, ou, na maioria das vezes, a outra, tem que sentir o mesmo. Tem que reconhecer tudo isso e ir mais além: corresponder a isso da forma que eles pensam ser certo.

Em uma palestra que assisti essa semana, a psicóloga muito didaticamente explicou que nós somos responsáveis pelo que sentimos. Se a gente sente raiva, a gente sente isso. Quando dizemos “eu te amo”, quem ama somos nós. É claro que desenvolvemos e lidamos com sentimentos de maneiras diferentes, que nos encantamos pelo outro, mas a real é que aquilo que sentimos é nosso e inteiramente nosso. E a frustração, principalmente a masculina, ocorre por não aceitar que a outra pessoa não sinta o mesmo ou sinta de uma maneira diferente à dele.

Nota de rodapé: nesse bolo, a mistura ainda inclui o fato da paixão (que leva mais ou menos dois anos para dissipar) iludir e deformar a realidade. O homem apaixonado quer dar tudo para a mulher, e quando essa fase passa (paixão) ele percebe que tudo o que ele ofereceu pra mulher muitas vezes ele não é capaz de manter. Então ele passa a enxergar a realidade e ressentir, e a mulher a quem ele deu de tudo, não mais que de repente, é a bruxa que não dá valor pra ele.


3) MARCAM TERRITÓRIO COMO SE FOSSEM CACHORROS
Ross Geller (Friends) e Stefan Salvatore (The Vampire Diaries)
Disparado uma das atitudes mais marcantes desses personagens é a falta de capacidade que eles têm em aceitar que o outro sinta de outra forma que não a dele. Assim sendo, ao perceber que a moça a quem eles tanto se dedicaram não corresponde mais aos seus sentimentos ou corresponde ao sentimento de outro já é motivo o suficiente pra colocar Os Heróis, em primeiro momento, na defensiva. Aqui eles são rápidos em soltar frases como “o que você quer com ele?” ou mesmo a clássica “você não sabe o que tá fazendo!”, porque é óbvio que eles sabem mais e mais óbvio ainda, sabem melhor.

Em segundo momento, a escrita viciosa dos responsáveis por esses personagens vai colocar eles em posição antagônica à algum outro personagem (e este, eu aposto, é o dito bad boy)  ̶̶̶̶̶̶̶̶  foi por causa dele que o meu amor (what a bitch!) me deixou. É aqui que virão as confrontações, mimos e mijadas pra marcar território, que tentam dizer que “ela é minha”, mas que só traduzem o quanto elas não são deles.


4) TUDO SE JUSTIFICA SE EM NOME DO AMOR
Dean Forester (Gilmore Girls) e George Tucker (Hart of Dixie)
Eles não ligam se assumiram um compromisso monogâmico de estar com outra pessoa. Não ligam se estão casados. Não ligam se alimentaram um relacionamento por anos a finco, construíram uma vida ou prometeram o amor da vida àquela com quem juntaram suas escovinhas de dente. Basta uma faísca com outro alguém e pronto. “Você é o amor da minha vida”. “You’re the one”. “Eu te procurei durante toda a minha vida”.

E olha, eu não acredito que tenhamos que ficar com alguém pra sempre porque aquilo era o que sentimos em determinado momento. Mas eu não acredito em traição, e se você assume algo, assuma. Lide com isso. Termine o relacionamento se o que tu queres é ficar com o (outro) amor da sua vida. Contudo, isso é algo que definitivamente não acontece com esses personagens. Tudo é justificável em nome do amor, desde que favorável a eles.

Quando isso acontece, e acredite, acontece, os responsáveis pelo romance utilizam uma técnica porca na hora de trazer o relacionamento oficial a tona: introduzem a parceira na trama só após aquela troca de olhares de estremecer a base, ou o beijão de cinema, ou aquele sexo maravilhoso entre o novo amor e o Mala Sem Alça. E nem vamos debater sobre quando tentam fazer com que a esposa/namorada oficial seja tudo o que há de ruim no mundo, né?

Para além da técnica porca, a escrita suja de certos seriados com frequência gasta vinte e sete episódios fingindo que constrói um personagem com princípios, pra logo no episódio seguinte colocar ele em posição de pressão ou medo de perder a amada, e transformar o já muito péssimo boy, em um boy sem noção. Que mata a troco de nada. Que esquece dos amigos que tanto estimava. Que consegue se afundar ainda mais no poço sem fundo que ele já se encontrava.

Depois que a porcaria foi feita, os dito cujos vêm com o rabo entre as pernas, fazendo cara de cachorro coitado que além de mijar pra marcar território, também foi pego estragando os móveis, e soltam um “eu nunca quis te magoar”. Sinceramente... Por favor, viu?

***

Na hipótese óbvia, esses personagens são machistas. Eles deitam na cama dizendo a si mesmos que são bons, ou injustiçados, e que não merecem a torta de climão que comem quando os dois amores da vida dele se encontram em um mesmo cômodo.

Eles são o equivalente da vida real daqueles que choram porque são colocados em friendzones (que nem existem), ou que por serem tão legais e superiores são incompreendidos e por isso a mulher que eles “amam” não ama eles de volta.

De tempos em tempos, eu caio na armadilha desse antro de chatos. Minha lista de problematic faves, tanto de personagens quanto de ships, it’s a thing and it exists, e embora eu critique e não consiga defender, não consigo des-shipar, e vez que outra quando vejo gifs de certos momentos acabo toda derretida por dentro (Blair e Chuck, Barney e Robin: eu tô olhando pra vocês). No entanto, pra minha felicidade, ultimamente meu Radar de Insuportável apita rápido e apita alto, e quando me dou por conta estou revirando os olhos pra dentro da cabeça que chego a precisar de ajuda pra virar eles de volta; ou amaldiçoando as amebas até não poder mais; ou não muito sutilmente desejando uma estaca no meio do rabo desses trastes.

Não tenho vontade nem mais energia pra defender o quão acho importante e válido as pessoas amarem, adorarem ou terem um interesse por diferentes formas de entretenimento  ̶̶̶̶̶̶̶̶  livro, séries e seriados, filmes, novelas  ̶̶̶̶̶̶̶̶ , e a certo nível o quanto isso se enraizou na cultura mundial. Dizer que não pode se importar “porque não é real”, hoje em dia, em mim, entra num ouvido e sai no outro.

Por ter quebrado com essa ideia do “não pode porque não é real”, dói e irrita assistir esse grupo de personagem reiterando atitudes e discursos que eu promovo evitar na minha vida. Incomoda saber que, há anos, os escritores acreditam ser ‘ok’ e ser ‘normal’ reproduzir tais comportamentos  ̶̶̶̶̶̶̶̶  e reproduzirem isso à milhares de pessoas.

E sim, eu continuo achando extremamente prazeroso ler ou assistir série e filme. Não vou desistir porque tem coisa errada no meio (só se tiver coisa errada demais e se torne chato, hehe), pois se fosse fácil assim, a vida deveria ter um passe-livre pra desistência.

E enquanto eu tirar prazer disso, enquanto eu me interessar por isso, eu vou criticar, problematizar e fazer cara feia, porque that's my jeitinho. O carinho que eu tenho por uma série ou um personagem, problemático ou não, não me faz passar a mão na cabeça, muito pelo contrário, eu vou analisar ainda mais seus erros e acertos.

No mais, colocando de lado a realidade cofrinho de dinheiro dessa indústria, vou desejar muita luz pros produtores de entretenimento, pra que eles possam enxergar que aquela criatura que eles moldam com palavras num script pode ser mais, pode ser melhor, pode ser tridimensional, e pode, pelo amor de R’hllor, não ser um clichê tão ruim.


Obs.: CW é meu karma. 
Obs. 2: alguns dos personagens ilustrados são personagens que até gosto (a grande parte eu odeio), mas a maioria deles se aplica em todas as características. A ordem das fotos não altera o resultado. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Be - espinha ereta - Yoncé

Mamãe me xinga quando me vê no PC. Isso, no PC mesmo. Algo dentro de mim é muito oldschool, e também pobre, porque eu não tenho notebook. Eu Ana. Meu pai tem o dele que atualmente está com a minha irmã em terras porto alegrenses, mas eu não tenho notebook, eu gosto é de PC. 

Mas minha mãe me xinga quando me vê no PC. E eu sei que vocês sabem o porquê. Não deve ser só eu. Duvido que seja só eu. A história clichê vai mais ou menos assim: em um momento está a Ana sentada certinha, dando orgulho aos fisioterapeutas por aí, e então, 47 segundos depois, cortando a cena, tem uma Ana muito mal sentada na frente do PC, dando orgulho aos meus ancestrais corcundas. 

Então a mãe entra na cena e "ANA CLAUDIA AJEITA ESSA COLUNA", aí a Ana diz "sim aff mãe". E 47 segundos depois... Bem, vocês pegaram a ideia.


O problema é: postura é bom, é importante, há bocas que dizem que nosso corpo trabalha melhor e nós cansamos menos quando estamos com a postura correta, mas eu tô penando muito tentando educar a minha. 

Por ter um nível baixo de escoliose anos atrás, eu comecei sessões de RPG (reeducação postural global) quinzenalmente. Não era muito, mas ajudava. Gostaria muito de voltar, mas o valor não é muito doce e eu tenho faculdade pra pagar. Mas ajudava. Eu sentia que ajudava, apesar de sofrer muito durante aquela hora que ficava lá. Aquela combinação de eu, mais a fisio, mais uma bola de pilates, muitas cordas, e uma maca... Era louco. Parece sadomaso mas é só RPG. E ajudava. 

Mas então eu cresci, minha fisioterapeuta parou de atender, eu comecei a trabalhar (no PC, obviamente), e o downhill foi grande. Meu vício de usar o PC não passou, então quando não estou usando no trabalho, talvez eu esteja usando em casa rebloggando foto de cachorro no tumblr. Alguns anos depois eu ganhei um smartphone e comecei a poder checar o Instagram e o Facebook sem me estressar em abrir os sites no PC (eu ainda abria), então o pescocinho começou a se ocupar olhando pra baixo pra dar uma checadinha. Só que o smartphone não era tão bom, então eu comprei um celular decente. E aí eu tinha (e ainda tenho) tudo a cinco cliques de distância. Instagram, Facebook, Twitter, Tumblr, Whatsapp, Kim Kardashian e Candy Crush. Graças a tecnologia, o vício no PC não só não passou mas como também eu ganhei outro. Adicionado nessa mistura ainda tem meu adorado vício em assistir TV  ̶̶̶̶̶̶̶̶  que não ajuda; minha impossibilidade de estudar com gente junto   ̶̶̶̶̶̶̶̶  o que me faz estudar em cima da cama, Torta Daquele Jeito; mais meu vergonhoso sedentarismo, que só piora tudo.

Eu comecei a sentir reflexos disso tudo, é claro. As dores nas costas são mais recorrentes. Às vezes meus ombros doem tanto e tensionam tanto que só a base de massagem e Tandrilax (tá aí um jabá que me faria feliz) pra resolver (ou enganar) um pouco. Semana passada comecei a sentir dor no punho e mão direita. Ou seja, um pacote meio desesperador pra alguém que pretender viver muito que nem eu. 

Então há algumas semanas eu comecei a me monitorar. Tentar ajeitar minha postura. Passo minutos me encarando no espelho e vendo as diferenças corporais que acontecem quando eu fico normal (tortinha) e quando eu fico reta. Quando coloco uma roupa mais bonitinha aí sim a diferença é gritante  ̶̶̶̶̶̶̶̶  experimentei com um vestido bonito que comprei e fiquei chocada. Porque sim, postura é importante, mas aff, é tão difícil de ajeitar. 

Comecei a procurar exercícios na internet pra melhorar a postura em casa. Hoje baixei um aplicativo no celular, que ainda não testei, que ensina exercícios de 15 minutos pra fazer por dia e melhorar a coluninha. Quando eu passo na frente de espelhos e vidros que dão reflexos, não, eu não tô me admirando ou me achando linda, eu só estou checando a minha postura. Eu até criei um mantra maravilhoso que diz que "Beyoncé não gostaria disso, eu sou Beyoncé quando tô com a postura reta". Então quando eu fico que nem uma estranha me ajeitando na rua, é porque a minha mente tá dizendo "Seja Beyoncé. Be Yoncé. Isso não é muito Beyoncé de você, Ana Claudia", e eu juro que é tão eficaz quanto a mamãe gritando pra eu ajeitar a coluna. 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Do Sétimo Andar

Ou: Mais Precisamente Da Sétima Fileira

Se eu falhei novamente com algo que eu me propus a fazer? Mas é óbvio. Depois do BEDA eu prometi que tentaria escrever um post por semana. Escrevi três até hoje, quatro com esse. Juro que eu não faço por mal. 

No começo desse mês eu passei por uma época de provas mega conturbada, que me drenou completamente. E aqui estou agora. Deu tudo certo por enquanto  ̶̶̶̶̶̶̶̶  ainda preciso receber uma provinha de processo penal em que certamente fui enrabada de uma maneira nada gentil. Acontece, né? Mas não era nem sobre provas e perdões que eu queria falar. 

Eu quero mesmo é falar sobre o show lindo e emocionante dos migos Los Hermanos que fui no último sábado. Porque sabe, ele foi lindo e emocionante mesmo. Em 2012 fui de arrasto em um show dos caras, curti, mas não curtia tanto eles. Não que nem agora. Em 2012 eu não sabia cantar as músicas. Tardiamente, e só depois, eu tive minha fase Los Hermanos. E gente, foi intensa. Então quando os caras anunciaram em março outra turnê caça-níquel maravilhosa eu recebi a notícia pulando e dançando na cadeira do computador, gritando com a minha irmã, efusivamente, que a geNTE PRECISA IR MEU DEUS DO CÉU!!!1!!! Porque that's how I roll, e não poderia ser diferente. 

Abriram as vendas e eu quiquei na cadeira quando o site caiu. O negócio ia ser em um anfiteatro-novidade no Beira-Rio, que diga-se de passagem, deu mega certo. E depois de ter o ingresso na mão, foram longos sete meses esperando.

Aí o dia chegou. Sábado, dia 17, finalmente chegou. E dessa vez eu levei alguém de arrasto comigo, porque that's how we roll  ̶̶̶̶̶̶̶̶  um arrasta pra show, o outro pra jogo (eu. em. estádio. de. futebol. Calculem.). Eu mal continha minha ansiedade, mas antes de poder ver os caras eu tive que:
a) pra poder entrar no local, fui obrigada a jogar minha bolachinha Passatempo (Nestlé, me dê jabá!) fora e sofrer não tão calada assim;
b) também fui obrigada, mas já feliz, a levar um chá de cadeira pois nosso setor era arquibancada inferior, e eu que sou uma pista-girl, hoje em dia já com grotescas pitadas de preguiça, alma velha e dor nas costas, especificamente nesse anfiteatro, aproveitei demais a experiência do lugar onde eu fiquei  ̶̶̶̶̶̶̶̶  não, durante o show nem eu nem ninguém grudamos a bunda na cadeira (aqui é Brasil, po**a!); e
c) fui compelida a xingar mentalmente os preços mega abusivos das bebidas e comidas vendidas lá dentro (dez reául uma água!!!!!!!).

Mas nada disso importou (até porque nada muito grave aconteceu e porque eu estava muitcho feliz) quando os moços, quinze minutos atrasados, tocaram as primeiras notas de O Vencedor e o povo inteiro entrou em colapso, cantando o começo da música sozinhos, do jeitinho que os Manos gostam. 

foto de celular é aquela coisa, neam
Long story short: eu acabei a noite com dor na garganta de tanto berrar. Berrar mesmo. Tentei gravar uns vídeos das músicas mas destruí todos eles porque minha voz de canto nada boa estava logo atrás. Eu não me aguentava. Quando eles tocaram Pois É, O Velho e o Moço e De Onde Vem a Calma eu poderia facilmente ter deitado em posição fetal pra aproveitar a vibe. Mas não fiz isso. Não fiz isso nem quando eles tocaram Sentimental e aquele local inteiro brilhava de lanterninhas de celular, e meu peito se apertou de tanta lindeza. E não fiz isso quando o Amarante, muito do debochado, cheio das dancinhas contemporâneas e divertidas, quase se jogou pro pessoal da pista enquanto cantava Quem Sabe. 

É tão bom ser fã.

Cada centavinho do meu dinheiro suado pago no ingresso valeu a pena. Quando saí daquele estádio meio vermelho, e tomei aquele ventinho que carregava cheiro de churrasquinho e muitas vozes no repeat dizendo "refri, cerveja e água" eu quis voltar umas horinhas antes pra poder viver de novo. Mas não pude fazer isso, então seguimos a vida. Porque a vida é isso aí, ter coisas muito boas, ter que absorver tudo e lidar com isso. Não dá pra viver duas vezes, said me, Sherlock me. Mas dá pra recordar, e recordar é viver, said um clichê.

E seguimos a vida pra comer um burgui decepcionante num lugar chamado Pampa Burger. Fomos com as expectativas nas alturas, saímos frustrados. Já no meio do novo horário, beirando a hora do capeta (3 a.m.) chegamos em casa, mais pra lá do que pra cá. Mas tava tudo bem, porque mais tarde no dia eu ia tomar milkshake do Bob's!!! (aqui na minha cidade não tem Bob's, cut me some slack genten).

No domingão que poderia ser da depressão se não tivesse sido legal, visitamos um shopping de ryco, julguei muito os valores das coisas (ou eu sou pobre demais ou sou mão de vaca ou tenho pena do meu dinheiro ou as pessoas perderam a noção do dinheiro) e comi uma massa de respeito com bifão. Passei um tempão na Saraiva, tentei comprar o Carry On e não consegui (triste), e seguimos a vida pra nos perder ~nervousors~ em Porto Alegre (bem triste) e chegar na Arena queimando horário (bem l0k0) e ver o time perder (mais l0k0 ainda).

Mas enfim né, coisas da vida.

Meu final de semana foi bom. Bem bom.

Tão bom que eu já registrei uma parte dele aqui em casa.

Because recordar & shit (e fazer post no blog!!!).

Obs.: Follow my blog with Bloglovin [ei, bloglovin, me dá meu blog!]

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Cena de sitcom ruim

Eu adoro pizza. Mas eu sou normal, então é normal que eu adore pizza. Não dá pra confiar em quem não gosta de pizza. Pizza, assim como batata, é algo que tem força pra agradar todo mundo, especialmente aqui nesse Brasilzão lindo onde a gente pode comer pizza de frango com catupiry na mesma facilidade que pizza de brócolis. 

Então quando minha amiga nos chamou pra ir comer pizza na casa dela pra comemorar o aniversário, eu aceitei rapidão. Ela faz as pizzas, gente. E são ótimas. E ela ainda me deixou sugerir pizza de brócolis e fez pizza de brócolis pra mim!!! Não tinha como dizer não pra isso.


Só que assim, nós geralmente ficamos sentadinhas observando e batendo papo enquanto a nossa amiga metida a chefe faz as pizzas. Especialmente eu que sou um furacão na cozinha  ̶̶̶̶̶̶̶̶  não faço nada que preste além de bagunça. 

Então eu estava lá sentadinha, batendo-papo, quando entramos no assunto doença. Coisa normal, né? Pessoas em seus vinte e poucos anos adoram falar sobre doenças. No dia em questão o negócio chegou no nível osteoporose. E o negócio foi mais ou menos assim:

- Ah, porque minha tia tem osteoporose  ̶̶̶̶̶̶̶̶  disse a chefe de cozinha.
- Minha mãe também tem!  ̶̶̶̶̶̶̶̶  disse eu. 
(papos continuam na velocidade da luz entre a amiga-chefe-de-cozinha e a outra amiga, enquanto eu, vacilona e escrota, chequei uma mensagem no whatsapp na hora)
- Mas ela tinha os ossos de adamantium, sabe? Do Wolverine? Tri forte. 
(todas as outras sete pessoas do recinto abaixam o tom de voz, num momento que só pode significar que eles sabiam o que estava vindo)
- E agora ela tem o quê? Ossos de suflair?, hehe  ̶̶̶̶̶̶̶̶  rebateu essa que vos fala, querendo ser engraçadona.
 ̶̶̶̶̶̶̶̶  Não, agora ela tá morta.  ̶̶̶̶̶̶̶̶  respondeu a minha amiga.

PORQUE ELAS NÃO CONTINUARAM FALANDO DA TIA DELA!!! Naqueles poucos segundos de conversa na velocidade da luz, elas mudaram o assunto da tia pra vó da minha amiga. A vó que morreu ano passado da minha amiga. A vó mãe do pai da minha amiga que estava passando do meu lado quando eu falei isso. 

No meu sitcom, a câmera focou no meu rosto na hora. Ele possuía aquele sorrisão "haha foi muito boa" que esmaece num sorriso amarelo de "oops" combinado com "falei merda".


Minha cor, que já não estava lá muito boa por causa do ambiente quentinho de lareira acesa, virou vermelho pimentão. Tive um ataque de riso nervoso, junto com a minha outra amiga que estava rolando de rir da minha cara. Todo mundo riu da minha cara, o que só reforçou o quando eu queria que um buraco negro me engolisse naquele momento.

Dez minutos depois eu olhava pra amiga-que-não-é-chefe e ainda dava risada porque foi, honestamente, uma das maiores bolas foras que eu já dei na minha vida.

Meu ego sofreu naquele dia.

Larguem seus telefones. Por favor. Não sejam eu.

Obs.: eu sou uma que pegou bode de se reunir e ficar mexendo no celular. Gosto de registrar o momento ou tirar uma foto da cerveja ou comida bonita que eu tô comendo. Mas ficar verificando whats, face e etc o tempo inteiro quando tô com outras pessoas? Nope. Então por isso que o vacilo doeu mais, fui contra meus princípios. 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Diarinho pra provar que ainda existe vida

Então eu quebrei horrendamente com a minha promessa de postar pelo menos uma vez por semana em setembro. Mas ao menos consegui fazer outras coisinhas.

No começo do mês eu fui ao McDonald's com uma amiga porque havia visto uma foto do novo McFlurry de Prestígio e daquele momento pra frente eu simplesmente precisava daquilo na minha vida. Spoiler: nem é tudo isso. O negócio é bom, mas eu esperava horrores e não superou as expectativas. Expectativas, sempre complicando com a nossa vida.

Ainda na primeira semana do mês, terminamos (eu e o boy) de assistir Narcos. Pra quem ainda não sabe, Narcos conta a história do traficante colombiano Pablo Escobar, aqui interpretado pelo brasileiríssimo Wagner Moura. A série é boa e mantém um bom nível, mas é mais uma série que você não sente preguiça de assistir do que uma série que você entra em espiral binge-watching e precisa assistir tudo em um dia. Também por aqueles dias resolvi criar um álbum de fotos no meu celular chamado de "cervejinhas". Vejam só: apesar de não entender nada sobre, eu curto experimentar cerveja. Muito. De verdade. Eu já havia tardiamente começado a tirar fotos das garrafinhas que estávamos experimentando porque estávamos indo comprar as coisas e não estávamos mais lembrando do que já havíamos bebido, então só caí na graça de finalmente criar o álbum, dar uma editadinha nas poucas fotos que eu tinha atinado de bater, criar um bloco de notas pra anotações e agora (que é sagrado) não vejo a hora de lotar o "cervejinhas" with all the beers.

Algumas boazudas.
Foi nos primeiros dias de setembro que eu finalmente consegui sentar, respirar e fazer o planejamento de estudos e trabalhos para o semestre. Um mês depois das aulas terem começado. Eu vivo perigosamente, como vocês podem ver. Se eu quis chorar? Sem dúvidas.

No entanto, disparado o evento mais importante do início de setembro consistiu em eu ter parcialmente falido (se pessoas físicas pudessem falir) comprando o Lollapass. Migos, verei Florencia, Mumford e Of Monsters and Men. Ao vivo. Eu que o único festival que tenho como parâmetro pra comparar é o Planeta Atlântida, vou no Lolla. Eu que nunca fui pra São Paulo  ̶̶̶̶̶̶̶̶  ao não ser que ficar 6h em no GRU conte como conhecer São Paulo, vou pra SP. Eu vou pro Lolla. Chorarei. Inclusive, se alguém de vocês for também, vamos chorar juntxs?

Na segunda semana eu consegui resolver meu problema chato. E isso tirou 27kg de peso emocional das minhas costas. Em compensação eu me senti com 27kg a mais, e numa ideia de jerico decidi "fazer dieta" e fechar a boca. Me senti miserável mas me olhava no espelho e, apesar de saber que é mais desformidade entre a realidade e o que eu enxergo do que qualquer outra coisa, eu me sentia mal. Larguei a "dieta" uma semana depois, sem sentir diferença alguma e ainda miserável.

No segundo final de semana do mês eu viajei com os meus amigos pro litoral. A previsão pra minha cidade era de 1ºC. Em setembro. E eu e meus amigos achamos de bom grado ir pro litoral. E olha, foi mesmo.

Era uma viagem que a gente queria fazer desde a época de ~terceirão~. Foi algum tempo de planejamento mas finalmente deu certo. No sábado saímos cedo (cedo demais) (pra um sábado) (7h é cedo!!!) e na parte da tarde tentamos ir pra beira do mar. Foi uma péssima ideia que deixou todo mundo empanado de areia. Chutei umas bolas, fingi que sabia jogar vôlei, bebi muitas cervejas, e às 16h eu estava de pijama pela casa. Comi bem, li meu livrinho (faz um mês que eu tô pra ler um livro de 220 páginas. Shame on me) na rede e às 23h eu já estava destruída.


No domingo o tempo acalmou e conseguimos ir pra beira do mar (!!!) jogar taco (que eu sou péssima), virar estrelinha, molhar os pés e pegar um solzinho. Chutei mais umas bolas, fingi de novo que sabia jogar vôlei, bebi uma cerveja, que era a resistente que sobrou do dia anterior, e foi tudo muito bom. Naquele dia cheguei moída em casa depois das nove da noite. Tomei banho e caí na cama feito um tomate podre.

No outro dia eu não conseguia andar direito, nem mover os braços, e me senti muito mal por ser sedentária. Matei aula naquele dia só pra ficar em casa deitada e ir dormir cedo. E percebi que havia queimado o couro cabeludo. Eu nunca aprendo.

Naquela semana eu também matei aula na quinta-feira porque um dos meus professores não iria dar aula, e eu que não ia pra lá só pra assistir uma hora e vinte de blablablá e ter que ficar uma hora e meia esperando pra ir pra casa, né? Foi nessa quinta-feira que terminei de assistir Mad Men (aqui eu falei um pouco sobre a série), e terminei chorando. Eu amei tanto mas tanto essa série que nem sei explicar. O final me destruiu de uma maneira que eu não sei explicar. Eu chorei nos últimos episódios e senti um vazio enorme depois de escutar a música da Coca-Cola (entendedores entenderão). Queria poder indicar essa série pra todo mundo mas reconheço que Mad Men não é pra todo mundo. É uma série sobre personagens, gente como a gente, e cotidiano. Não tem grandes acontecimentos à la Ozymandias de Breaking Bad, mas trabalha com sutilezas e nuances na personalidade de cada um dos personagens, e como cada acontecimento (eu falei que eles mesclam acontecimentos históricos na trama da série?) os afeta, com maestria. É maravilhosa assim mesmo.

Eu depois do Emmy. Tristonha.
O terceiro final de semana (o último) deu início aos meus estudos pras provas. Parte do sábado e do domingo foi reservado a estudar direito tributário II (que é chato d+ aff tão chato) e direito do trabalho II. Achei que consegui adiantar bastante coisa e penso que não me sobrecarregarei demais nos próximos finais de semana. Inclusive, baixei um aplicativo, o Pomodoro, pra otimizar meu tempo de estudo e isso me auxiliou bastante. Outra parte do sábado foi reservado a ir numa hamburgueria com os amigos. Pedimos batata-frita e por alguma frustração do destino depois de dar fim nas batatinhas, meu estômago fechou. Então fiquei encarando o povo comendo xisões enquanto amaldiçoava meu estômago por ser fresco (nesse mesmo dia, horas mais cedo, eu tive um pouco de náusea, então talvez tenha a ver com isso). No outro dia do final da tarde fui na casa do troxa, ops, boy, e depois de muuuito tempo peguei na mão o controle de um console pra tentar jogar videogame. Jogamos Until Dawn por três horas que passaram em três minutos e até a metade dessa semana eu fui dormir pensando nos bichos daquele jogo. Se quero continuar jogando? É óbvio. Nesse mesmo dia frustrei minha alma fangirl assistindo o Emmy, e agradeci ao deus que cuida das fangirls por esse evento ter acabado meia-noite, porque imagina que morte horrível esperar até duas da manhã pra ver Game of Thrones em sua pior temporada ganhando de Mad Men? Ew, né?

No mais, essa semana não teve nada de muito significativo. Mas eu tô viva, viu? E com esse post mala eu provei. 


Obs.: Acho que a ressaca pós-BEDA matou ou minou a vontade de escrever de várias pessoas que eu conheço. Na real, eu acho que depois de respirar aliviada no último dia 31 todo mundo meio que quis focar em outras coisas, ou sei lá, só pegou bode mesmo. Tipo eu. Por isso do sumiço.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Manifesto em favor de sair a hora que eu quiser

Eu sei que pelo título parece que eu vou reclamar do meu medão e ódio de sair na rua e ter que lidar com fiu-fiu não requisitado, ou sobre ter que procurar a chave ainda dentro do buzão pra não ficar parada na frente de casa, ou ter que andar olhando pra trás com medo não de demônios, mas de homem mesmo estupro, ou sobre me negar a andar na rua de noite. Coisas básicas, as minas sabem. 

O texto poderia ser sobre isso, mas não vai ser. Esse aqui é algo que se eu pudesse eu enviaria pros meus professores acadêmicos pra eles enfiarem na cabeça que a) não sou criança, eles não tem responsabilidade sob mim durante o horário de aula e b) não sou obrigada.  

Antes de mais nada deixa eu explicar pra vocês como funcionam minhas aulas. Primeiramente, eu estudo em uma universidade privada. Eu tenho que pagar pra estudar porque aqui não tem federal, e me manter em outra cidade pra fazer federal, monetariamente falando, não seria vantagem (até porque não tenho cacife pra isso, rs). Então eu pago pra estudar (uma parte, o governo paga a outra e depois eu chorando vou pagar pra eles de volta). 

Em segundo lugar, eu estudo de noite. Na maior parte do tempo. Vez que outra, feito o último e esse semestre, eu consigo remanejar umas horinhas no trabalho e fazer uma aula no vespertino ou meio vespertino.

Meio vespertino, que é isso?

É o que nos leva ao terceiro lugar. Normalmente, em cursos normais, você tem uma aula inteira que, num exemplo, começaria às 19h30 e terminaria às 22h30, correto? Não. Não pra mim. Porque numa ideia maravilhosamente besta dos coordenadores do meu curso, eles acharam ser de boa ideia quebrar aulas em dois dias. 

Então eu tenho três aulas segunda, uma das 18h às 19h30, outra das 19h30 às 21h e outra das 21h às 22h30 (em tese, porque nunca vai até esse horário pra mim e sim até 22h15/22h20 no máximo). Essas mesmas aulas eu terei na quarta, mas em ordens diferentes (com exceção da primeira). O mesmo acontece terça e quinta, mas só no período da noite. 

Ou seja, uma bagunça.

Dizem que o rendimento dos alunos aumentou, porque aí não precisamos ficar três horas fingindo que prestamos atenção numa mesma coisa. Mas na prática, a teoria é outra. Afinal, depois de um tempo, encaixar as matérias é difícil, na última aula ninguém presta atenção de qualquer maneira, e fazer prova correndo não é lá muito divertido. 

***

No geral, eu não consigo prestar atenção em aulas. Eu me esforço muito, de verdade, e num dia bom eu consigo prestar atenção durante metade do período. Na outra metade quando dou por mim já estou há sete minutos encarando os cantos das paredes ou a tela do celular. 

Mas veja lá, eu talvez tenha meus motivos (dois, hehe):

1) Eu sou uma pessoa visual. Então não importa se a melhor pessoa do mundo está me explicando as coisas, se eu não tirar um tempo pra anotar tudo a mão, não vai servir de nada. Assim sendo, quando vou estudar eu preciso parar com livros, polígrafos e anotações e fazer um resumo pra poder enfiar algo pra dentro da minha cabeça. Só ler e ouvir não vai adiantar. 

2) Não consigo prestar atenção ou estudar dividindo a sala com mais 32 pessoas. Nunca participei de grupos de estudos e só de ver alguém do meu lado eu já desconcentro. Todas as vezes que paguei de wannabe boa aluna e tentei estudar na biblioteca da universidade eu saí de lá frustrada, porque o barulhinho de cochicho, teclado, folha virando e abre e fecha porta me colocavam em outra dimensão  uma em que o estudo é impossível.

Por esses dois motivos eu só estudo sozinha, enfurnada no meu quarto, com livros, anotações, papel e caneta. Sem professor, sem alguém pra estudar comigo. 

Eu aprendo porque me coloco a aprender, e não só porque ouvi uma hora e meia de professor explicando lei (eu faço direito, gente, isso é um fator importantíssimo aqui).


***

Dito isso, eu posso abrir meu coração. 

Por que, meu Deus, presença é tão importante? Eu não falto muita aula porque me sinto culpada (nasci com tendências escolares nerds, mas sem a capacidade pra ser nerd escolar) e porque meus pais sempre reclamam. Mas não entra na minha cabeça que eu precise escutar três horas de blablablá com slide só pra responder uma chamada e dizer que estive aqui! presente!, embora eu facilmente pudesse estar em casa lendo receita e aproveitando mais. 

Tanto faz que eu vá bem nas minhas provas e nos meus trabalhos se eu não tiver presença, né? ...Tipo??? Isso é realmente tão importante assim? É um fator definidor de caráter que algumas aulas eu simplesmente não esteja a fim e que de fato eu não aproveito mais de 15% em sala de aula? 

"Ahhh então tu não gosta do teu curso" gente, Direito não é lá muito divertido, mas eu gosto da área. O que me quebra as pernas é ficar ouvindo sobre inquérito policial durante 7 aulas sendo que eu nem gosto de penal sendo que a única coisa que vai me fazer entender isso é parar e estudar sozinha em casa. E eu não aguento mais ir pra universidade. NA SINCERIDADE. Eu só quero me formar, eu só quero me formar, acabar com isso, terminar, pelamor de Deus, eu quero me formar. 

Não sei quem disse que universidade é só flores porque não é não. Eu tenho tanto professor ruim e mediano que talvez esse seja um dos outros fatores do porquê eu não tô a fim.

Esses dias um professor meu, um mala sem alça, péssimo, sem didática, que se acha engraçadinho, e vai pra aula e passa slide, vídeo e fica sentado falando, fez um comentário muito escroto. O causo vai mais ou menos assim:

A aula começou às 21h, ele saiu, foi tomar café e voltou quinze minutos depois. Nisso, atrasado, ele começou a falar coisa que eu nem tchu, e eu ali só matando tempo esperando pra vazar. Alguém então pertinentemente pede da chamada e ele chora porque "vocês vão me deixar aqui falando pras paredes" (culpa sua, né, amor?), porque veja só, outra coisa que você assume (ou deveria assumir) sobre quem estuda de noite é que as pessoas trabalharam o dia inteiro e estão cansadas, muitas delas precisam pegar ônibus pra ir embora (van no meu caso), muitas moram em outra cidade, e por assim o ser você não vai CUZANTEMENTE deixar a chamada pras 22h20min da noite, né? Eis que ali por volta das 21h45 uma moça levanta e vai embora e logo que ela sai ele vira pra turma e solta um:

- Ela sempre chega depois e sai antes. Por mim tudo bem (we can see that, chorão), vocês que jogam dinheiro fora (jogo meu tempo também quando fico aqui te ouvindo).

TIPO, MIGO, VAI TOMAR NO SEU CU???????? (mal ele sabia que esse é o horário em que EU também vazo das aulas porque eu gosto de pegar uma vanzinha que sai antes e me compra meia hora de bônus na noite versus meia hora ouvindo merda em sala de aula  essa meia hora é meu momento de tentar comer algo, dar uma mexida no PC, ver um ep de comédia, LAVAR A MENTE, sabe? ou seje, vazo antes mesmo)

Aí um moço também levanta e vai embora logo em seguida. O professor encara ele enquanto ele sai e fica ironicamente dando risada depois. 

Eu achando muito engraçado a frustração dele peguei minhas trouxas e vazei. 

Imagino o tipo de comentário que ele fez quando eu fechei a porta.


Tudo o que eu pensava era "they see me rolling, they hating" porque BREAKING NEWS: não sou obrigada. 

Isso foi de encontro com outra coisa que me aconteceu logo no começo das aulas. 

A cota professora sonífero desse semestre estava falando sobre casamento e basicamente explicando em voz alta o que ela tinha explicado num polígrafo que ela disponibilizou para os alunos. Que que eu fiz? Peguei minhas trouxas e vazei com a minha colega. 

Aí a mulher ficou quieta esperando a gente sair, virando um pimentão de tão vermelha, quase explodindo do que imagino ser raiva. Eu achei que ela fosse tacar um giz em mim, mas muié, relaxa.

(agora ela não fica mais vermelha, nem brava, e só ignora e segue a vida)

Eu não converso na aula (e odeio quando fazem isso), eu não deixo de entregar trabalhos, eu não choro nota pra professor, eu pago minha faculdade, eu trabalho o dia inteiro, então midexe sair a hora que eu quero e não torra.

E falando sério, seríssimo, na real: de aula boa, realmente boa, ninguém quer sair.  ¯\_(ツ)_/¯

Então sei lá, né? Vou continuar saindo cedo? Vou. Ligo? Nope.

Vida que segue.

Ces't la vie
© AAAAAA
Maira Gall